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Polícia francesa já fez 5,8 milhões de controlos para fazer cumprir quarentena

Foto EPA/JULIEN DE ROSA
Foto EPA/JULIEN DE ROSA

O ministro do Interior francês, Christophe Castaner, anunciou hoje que a polícia já fez 5,8 milhões de controlos e abriu 359.000 processos por desrespeito às regras de confinamento desde o início da quarentena, a 17 de março.

Em entrevista ao canal LCI, o ministro afirmou ainda que este “não é um período de férias” e disse já ter pedido às autoridades dos locais mais turísticos em França para reforçarem os controlos nesta segunda fase da quarentena, prolongada até 15 de abril.

O reforço vai também ser feito nas gares ferroviárias, onde apenas circulam cerca de 6% dos comboios previstos normalmente, assim como nos aeroportos. O aeroporto de Orly fechou na noite de terça-feira, algo inédito.

Para circularem na via pública, os franceses precisam de se fazer acompanhar de uma declaração, disponível no site do ministério do Interior, que eles próprios preenchem e onde justificam a saída, declarando por sua honra que não estão a violar as regras em vigor, e que terão de mostrar se abordados pelas autoridades.

Os motivos para saídas autorizadas são o trabalho, compras de bens essenciais, assistência à família, saídas curtas para exercício físico num raio de um quilómetro da residência, idas ao médico em caso de urgência e intimação das autoridades.

As justificações são verificadas em permanência pela polícia e polícia militar, destacadas para manter em vigor as regras de quarentena impostas pelo Governo. Dentro e fora das cidades, a polícia montou pontos de controlo mandado parar pessoas e viaturas aleatoriamente.

As multas aplicadas começam por 135 euros numa primeira infração e sobem para 200 euros numa segunda infração. Quatro infrações no espaço de um mês levam a uma pena de prisão de seis meses e a multa pode ser agravada até 3.750 euros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 828 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 41 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 165 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 458 mil infetados e mais de 30.000 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 12.428 mortos em 105.792 mil casos confirmados até terça-feira.

França contava até terça-feira 3.523 pessoas mortas em 52.128 casos de infeção confirmados pelo novo coronavírus.

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