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Enviado da ONU procurará solução pacífica para a crise na Bolívia

Foto EPA
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Um enviado das Nações Unidas viajou hoje para a Bolívia para procurar uma solução pacífica para a crise no país entre as várias forças políticas, anunciou a organização.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, confiou a tarefa de mediação ao experiente diplomata francês Jean Arnault, que partiu hoje com destino a La Paz, onde servirá como enviado especial das Nações Unidas nas negociações com as partes envolvidas na complexa situação do país sul americano.

O porta-voz da ONU Stéphane Dujarric lembrou que o objetivo da organização na região é “apoiar os esforços para alcançar uma solução pacífica para a crise, nomeadamente através de eleições transparentes, inclusivas e credíveis”.

No domingo, Evo Morales renunciou ao cargo de Presidente da Bolívia, pedindo asilo político no México, depois de quatro semanas de manifestações contestando a legitimidade das eleições de 20 de outubro, que decretaram a sua reeleição.

Na terça-feira, Jeanine Añez, senadora do principal partido da oposição, Unidade Democrática, autoproclamou-se Presidente interina da Bolívia, até à realização de novas eleições, dadas as demissões do vice-Presidente da República e dos presidentes e vice-presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados.

Añez assumiu o cargo numa sessão parlamentar marcada pela ausência dos representantes do Movimento ao Socialismo (MAS), do agora ex-Presidente Evo Morales, que totalizam cerca de dois terços dos assentos parlamentares do país andino.