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Comissão Europeia disponibiliza novo material de controlo de testes

Foto EPA
Foto EPA

A Comissão Europeia (CE) anunciou hoje que vai disponibilizar aos laboratórios europeus 3.000 amostras de um novo material de controlo dos testes de diagnóstico à covid-19 para evitar falsos resultados negativos de infeção pelo novo coronavírus.

As amostras permitem verificar até 60 milhões de testes em toda a União Europeia e serão expedidas, nomeadamente, para os hospitais e principais centros de virologia de referência, refere um comunicado da CE.

Segundo a nota, “as amostras são altamente concentradas”, bastando “uma pequena quantidade do material” para confirmar a fiabilidade da análise. Um tubo de ensaio “é suficiente para que um laboratório possa verificar até 20.000 testes”.

Na prática, se um teste de diagnóstico do coronavírus não detetar este material, também não deteta o SARS-CoV-2 em si.

O novo material de controlo dos testes foi concebido pelo Centro Comum de Investigação da CE e consiste numa “parte sintética, não infecciosa” do coronavírus, permitindo “evitar que um teste possa dar um resultado negativo se a pessoa estiver, de facto, infetada”.

Os cientistas europeus criaram o material a partir da parte do coronavírus que se manteve estável depois de o SARS-CoV-2 ter mutado.

Com este material de controlo da qualidade das análises laboratoriais à covid-19, a União Europeia pretende também harmonizar procedimentos de diagnóstico.

Em Portugal, onde se testa a presença do coronavírus em pessoas com sintomas, o laboratório nacional de referência é o Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa.

O país, em estado de emergência, regista 187 mortes e 8.251 infeções por covid-19, de acordo com o balanço hoje divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

Das pessoas infetadas, 726 estão internadas, 230 das quais em unidades de cuidados intensivos, havendo 43 doentes que recuperaram desde que a doença foi confirmada em Portugal, em 02 de março.

O coronavírus (tipo de vírus) responsável pela covid-19, uma infeção respiratória que pode causar pneumonias nos casos mais graves, foi detetado em dezembro, na China.

A pandemia já infetou mais de 870 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 44 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 172.500 são considerados curados.

O continente europeu, com mais de 470 mil infetados e cerca de 32.000 mortos, é onde se regista o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com mais vítimas mortais, 13.155 óbitos em 110.574 infeções.

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