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Câmara dos Representantes vota hoje acusação para processo de destituição de Trump

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A Câmara dos Representantes vai votar hoje a acusação ao Presidente dos EUA. Donald Trump, com vista ao seu julgamento para a destituição, o que o pode tornar o terceiro presidente a ser julgado com vista a este resultado.

O anúncio foi feito na terça-feira pela presidente da Câmara, Nancy Pelosi.

“Amanhã [hoje], a Câmara dos Representantes vai exercer um dos poderes mais solenes que lhe são atribuídos pela Constituição, quando nos reunirmos para aprovar os dois artigos de acusação ao Presidente”, escreveu Pelosi aos eleitos pelo seu partido democrata.

Os dois artigos acusam Trump de abuso de poder e obstrução ao Congresso.

O Presidente “traiu a nação ao abusar do seu poder para recrutar um poder estrangeiro e corromper eleições democráticas”, afirmou-se no relatório, de 650 páginas, produzido pela comissão de Justiça da Câmara.

Trump suspendeu a ajuda militar a um país aliado (Ucrânia) como forma de pressão, adiantando-se ainda no texto, que “Trump, com esta conduta, demonstrou que continuaria a ser uma ameaça à segurança nacional e à Constituição se for autorizado a permanecer no cargo”.

No documento acrescentou-se que o Presidente se envolveu depois em tentativas inéditas de bloquear a investigação e “cobrir” as suas más práticas.

A agência noticiosa Associated Press fez o levantamento das intenções de voto entre os congressistas em causa e concluiu que a maioria deve votar a favor da acusação a Trump.

Trump tem criticado violentamente as acusações com vista à sua destituição e acusado os Democratas de “perversão de justiça e abuso de poder” para o remover da Casa Branca.

Em missiva enviada na terça-feira a Pelosi, Trump manteve que não fez nada de errado ao procurar que um país estrangeiro investigasse um rival político.

O Presidente norte-americano também repetiu as suas objeções ao processo de investigação feito pela Câmara dos Representantes, o qual considerou que foi muito injusto para consigo.

Trump escreveu ainda que não acredita que a carta mude alguma coisa, mas que registou as suas objeções “para efeitos de história”.

Se os artigos forem aprovados na Câmara, o processo passa para o Senado, de maioria republicana, que, pela Constituição, tem de julgar o Presidente com base nas acusações aprovadas.

Este julgamento deve começar em janeiro.

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, pretende um julgamento rápido e fechar este caso.