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Amnistia Internacional diz que detidos na Nicarágua podem estar infectados

Foto Shutterstock
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A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje que muitos reclusos em centros de detenção na Nicarágua desde 2018, por protestarem contra o Governo de Daniel Ortega, podem estar infetados com a covid-19.

Numa declaração, a diretora da Amnistia Internacional para as Américas, Erika Guevara-Rosas, afirmou que mais de uma dezena de pessoas no sistema prisional nacional apresentaram sintomas que podem estar relacionados com o novo coronavírus.

A representante explicou que esta situação se soma aos maus tratos diários a presos e às condições de detenção “precárias”, uma vez que as pessoas continuam em espaços superlotados “e sem cuidados médicos adequados”.

Erika Guevara-Rosas acrescentou que alguns detidos têm situações de saúde prévias graves, “pelo que são especialmente vulneráveis ao vírus”.

As organizações locais e as famílias dos prisioneiros já tinham denunciado que os detidos apresentam sintomas compatíveis com a covid-19, mas que têm sido ignorados pelo Governo.

“É inadmissível que o Governo não cumpra a obrigação de garantir o seu direito à saúde”, sublinhou a organização, tendo em conta esta situação.

A Amnistia Internacional exortou a comunidade internacional a manter-se vigilante, afirmando que todas as pessoas detidas unicamente por exercerem os seus direitos à liberdade de expressão e de reunião pacífica “devem ser libertadas imediatamente”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

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