Madeira

“Viver numa cidade como o Funchal não é barato”, diz Raquel Coelho

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De acordo com Raquel Coelho, deputada municipal do PTP, as inúmeras carências da habitação social da nossa cidade, provêm sobretudo “do grave problema de subsistência das nossas populações, quando o emprego é escasso e quando a economia não consegue gerar riqueza suficiente”. O que se reflecte, no seu entender, “na detioração da qualidade de vida das populações, que não têm outra alternativa senão recorrer ao Estado e às autarquias para obter habitação condigna”.

“E esse ciclo que devemos inverter com políticas públicas para o apoio ao arrendamento e com a construção de mais habitação social. Agora é preciso rigor na gestão das contas públicas e canalizar recursos, para o efeito, não são folhas de jornal, com boa imprensa, paga pelos funchalenses que vão resolver as necessidades de habitação da nossa cidade”, aponta na intervenção feita na Assembleia Municipal do Funchal, num debate sobre a política de habitação.

Raquel Coelho refere que “viver numa cidade como o Funchal não é barato” e que “alugar uma habitação com 100 m2, não custa menos de 600 euros”. Além disso, diz que “os imóveis nos quais vivemos valem muito mais do que há 5 anos atrás”, significando “que cada vez é mais difícil comprar uma casa”.

“A se prolongar esta tendência, do mercado imobiliário, temo que as barracas e os casebres de zinco voltem em força na Madeira. Até porque existe uma grande fatia da população a viver com pouco mais de 600 euros por mês.

Se a classe média tem dificuldades em pagar o aluguer ou comprar uma casa e aos poucos e poucos tem sido empurrado para as zonas altas ou para o Caniço. O que farão as pessoas mais pobres da nossa cidade? Ficam confinados a viver em casebres, se não houver uma resposta mais célere e eficaz por parte das entidades públicas”, acrescenta.

Além disso, afirma que “não podemos aceitar que este seja o nosso sair da crise, a especulação do mercado imobiliário, a prolongar as dificuldades de quem vive do trabalho”. “A esta altura do campeonato os madeirenses já deveriam ter uma folga da famigerada austeridade e do apertar do cinto”, concluiu.