“Se o governo de António Costa quer mesmo mandar na TAP, como parece ser sua pretensão neste momento, então deve começar por dar ordens para que existam mais voos para a Madeira e para o Porto Santo, a preços muito mais competitivos do que os escandalosos que são actualmente praticados”. A afirmação é do deputado social-democrata Paulo Neves que, hoje, na Assembleia da República e perante o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, fez questão de apelar a que “se passe das palavras às acções” e que, efectivamente, a mudança de paradigma que o Governo da República faz questão de anunciar para a TAP tenha efeitos práticos na rota da Madeira.

“Os valores das tarifas que, neste momento, são praticados nas viagens para a Madeira e para o Porto Santo, desde o continente, são, há muito tempo, inaceitáveis e ainda se tornam mais intoleráveis e até contraditórios numa altura em que o Governo da República diz estar empenhado em que os portugueses façam férias cá dentro”, disse, na ocasião, o deputado do PSD.

Paulo Neves que, na sua intervenção, responsabilizou, ainda, o Governo da República pela actual situação que se vive na TAP. “O Governo de Antonio Costa fez uma reversão da privatização da TAP, de uma forma atabalhoada, ficando com a maioria das acções (50%) mas sem o poder de mandar e a verdade é que se os resultados desta companhia são maus, é ao Governo central que, como accionista com 50% das acções da empresa, compete a maior responsabilidade pelo descalabro das contas”, rematou.