Madeira

Municípios são “as entidades mais competentes” para desenvolver políticas de igualdade

Teresa Fragoso, presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género reuniu-se hoje com a AMRAM

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“Os municípios são as entidades mais competentes para levar ao território e junto das populações as políticas que promovem a igualdade”, defendeu hoje Teresa Fragoso, presidente da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), à margem da reunião mantida com responsáveis da AMRAM – Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira.

Com o propósito de promover políticas de igualdade, a presidente da CIG desde 2016, cargo que exerceu, igualmente, entre 2011 e 2012, reuniu-se esta manhã em Câmara de Lobos com diversos autarcas da Região. No final sublinhou que “as autarquias ao nível da governação local são as entidades que têm maior proximidade com as populações, que conseguem melhor identificar as necessidades específicas dos homens e das mulheres”.

Os responsáveis do poder local presentes foram desafiados a “desenvolver planos municipais para a igualdade, que desenhem políticas que vão dar as respostas necessárias à população”.

A antiga adjunta da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade entre 2015 e 2016, bem como do Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros entre 2005 e 2008, tendo como responsabilidade o acompanhamento da área da igualdade de género, regista a “evolução muito significativa que temos vindo a assistir em todo o território nacional e a Madeira não é excepção”, afirmou, para concretizar que “agora chegamos a uma fase que já podemos olhar com mais detalhe a determinadas questões de desigualdade que se mantêm persistentes. Então queremos ir mais fundo e é isso que estas autarquias também se propõem fazer”, concluiu Teresa Fragoso.

Um dos passos a dar nesse sentido implica dotar as equipas técnicas do municípios de “mais competências e capacidade para agir e desenhar os bons planos, implementar as boas políticas e saber avaliá-las, saber redesenhá-las, se for esse o caso”, apontou.

Na opinião desta responsável por este serviço central da administração directa do Estado “o caminho tem sido muito positivo, mas ainda há desigualdades persistentes”.

A prova que a sociedade evoluiu e muitos dos comportamentos já não são como outrora, diz ser que “hoje tanto as mulheres querem estar muito activas no espaço público como os homens querem assumir as suas responsabilidades no espaço privado, nomeadamente na parentalidade”, concretizou.