MSC Cruzeiros reforça importância da ampliação do molhe da Pontinha
Eduardo Cabrita, director geral da companhia em Portugal, sustenta que “crescimento do Porto permitirá ter mais navios, também da MSC”
A ampliação prevista do molhe da Pontinha também é desejada pela MSC Cruzeiros, a maior companhia privada de cruzeiros do mundo e líder de mercado na Europa, incluindo Portugal.
A manifestação de interesse voltou a ser salientada pelo Director Geral da MSC Cruzeiros Portugal, Eduardo Cabrita, durante a visita promovida a bordo do MSC Magnífica, que esta sexta-feira faz escala no Porto do Funchal nesta que é a primeira viagem em redor do globo pela MSC.
O responsável da companhia em Portugal mostrou-se satisfeito com as notícias que dão conta do compromisso do Governo, lembrando que o crescimento do Porto permitirá “ter mais navios, também da MSC” que está a construir navios cada vez maiores e já este ano lança ao mar dois novos navios com capacidade superior a 5 mil passageiros.
Embora reconheça que nos últimos anos a MSC “tem baixado consideravelmente” o número de escalas no Funchal por razões estratégicas motivada pela aposta noutros destinos longe da rota madeirense, Eduardo Cabrita disse acreditar “que as próximas notícias sejam boas” para a Madeira, sem contudo ‘levantar o véu’.
Apesar de assumir que “o Funchal não vive só pelo seu destino. Vive por um itinerário completo”, lembrou a importância geográfica da ilha “nos posicionamentos que fazemos para o Brasil”, sublinhando o facto de a MSC ser “líder de mercado na América do Sul”.
Garante que o desejo é “cada vez mais estar presentes em Portugal”. Não apenas no Funchal e em Lisboa, mas também em Portimão que “brevemente” poderá receber cruzeiros da MSC, fruto “dos investimentos previstos”, salientou.
A importância do Funchal fica de resto vincada nesta volta ao mundo de estreia para a companhia, por ser a única cidade do país no destino deste cruzeiro que começou a 5 de Janeiro em Itália, onde terminará passados 119 dias.
Com cerca de 2.300 passageiros a bordo, no Funchal saíram 2.200 passageiros para fazer excursões programadas no navio. Nesta viagem mundial que custa a cada passageiro entre 12 mil e 40 mil euros há também portugueses e madeirenses a bordo.
“Temos cerca de cem passageiros portugueses a fazer esta volta ao mundo e temos alguns passageiros (madeirenses) a entrarem no Funchal”, revelou.
De resto, a entrada de passageiros no Funchal em cruzeiros regulares da MSC poderá ser uma realidade a ser cimentada doravante. Eduardo Cabrita remete essa decisão para as conclusões do “estudo estratégico” para 2019 e 2020 a ser conhecida “dentro de duas semanas”.
Congratulou-se ainda que os mais recentes indicadores da empresa, numa altura em que a auditoria à actividade de 2018 está a ser finalizada, que “apontam para o maior crescimento de sempre da MSC”. Tendência que deverá continuar, já que “as previsões são para continuar a crescer”, concretizou.