Madeira

Marcelo preocupado com as dificuldades em refazer as vidas de algumas vítimas dos incêndios

Foto Rui Silva/ASPRESS
Foto Rui Silva/ASPRESS

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse hoje estar preocupado com as dificuldades que muitas das vítimas, sobretudo agricultores, dos incêndios de outubro de 2016, têm tido em refazer as suas vidas.

Marcelo Rebelo de Sousa cumpriu hoje a promessa de visitar a casa de António Pimenta que ficou destruída pelos incêndios que em agosto de 2016 atingiram o Funchal.

“Tenho muito orgulho porque o que ele fez nestes dois anos [António Pimenta] é extraordinário, começou a subir, fez das tripas coração, refez a casa [de três andares] 25 anos depois de a ter feito uma primeira vez e eu prometi que vinha e cá estou para lhe dar um abraço e lhe agradecer”, disse o chefe de Estado.

Para Marcelo Rebelo de Sousa “é, de facto, um exemplo como felizmente por todo o país há muitos de pessoas que refizeram a vidas a partir de quase nada”, lamentando, contudo, que “infelizmente nem todas as pessoas puderam ter esta alegria”.

O Presidente da República reconheceu que os processos de recuperação dos incêndios, no continente, têm tido diferentes velocidades, manifestando suas preocupações com os que atingiram a zona centro em 2017.

“No continente houve problemas mais complicados, dos agricultores que, apesar dos apoios, estão a ter muita dificuldade em refazer a vida e, isso, é uma coisa que me preocupa”, disse à comunicação social antes de “partir” para o cabrito, que foi a ementa prometida por António Pimenta.

Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo Representante da República, juiz-conselheiro Ireneu Barreto, pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, e pelo presidente da Junta de Freguesia de São Roque, Pedro Gomes, visitou as diversas áreas da casa agora recuperada.

António Pimenta, de 66 anos de idade e carpinteiro de profissão, vive no número 86 da Travessa da Terça, nas zonas altas da freguesia de São Roque na cidade do Funchal.

De 08 para 09 de agosto de 2016, a sua casa e carpintaria, um labor de 51 anos, ficaram destruídas numa noite pelo fogo, alimentado por ventos fortes, que assolou o Funchal.

“Fiquei sem casa e sem oficina porque tudo o fogo levou”, conta.

Na visita que então o Presidente da República fez aos locais sinistrados entre os quais a sua casa destruída, António Pimenta segredou-lhe que “tudo iria ser erguido de novo” e prometeu que quando tudo estivesse pronto o convidaria para uma “cabritada”.

A promessa foi hoje cumprida, com cabrito e espetada, numa mesa que sentou o Presidente da República e todos os amigos que ajudaram António Pimenta no seu infortúnio.

António Pimenta vive na sua nova casa desde setembro de 2017 com a sua mulher, filho, nora e o neto mas na próxima semana - conta - acolherá mais uma criança [mais um neto] porque a nora está grávida.