Madeira

Madeira é a região cujo sector automóvel pesa menos na economia

Volume de negócios em 2017 representou apenas 3%

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Em 2017, por cada empresa do sector automóvel que encerrou actividade, foram criadas 1,3 novas empresas, valor idêntico ao observado para o total das empresas em Portugal. O aumento do número de empresas em atividade no setor esteve associado ao aumento do número de microempresas, única classe de dimensão a registar um rácio natalidade/mortalidade superior a 1 (rácio de 1,3). Por segmentos de atividade económica, o rácio natalidade/mortalidade foi de 1,7 na fabricação automóvel e de 1,2 no comércio automóvel.

Estes números foram avançados pelo Banco de Portugal no final de Março e revelam, ainda com poucas referências, que também na Madeira o sector acompanhou esta evolução, consubstanciada no facto de, apesar do aumento das vendas, este apenas representar 3% do volume de negócios gerado na economia regional.

Números que terão sido piores nos anos da crise, nomeadamente entre 2012 e 2014, período em que as vendas de automóveis bateram no fundo. A verdade é que durante pelo sete anos o sector perdeu peso na economia regional, conseguindo recuperar o volume de vendas do passado nos últimos cinco (2014-2018).

Aliás, depois de em 2017 ter registado o melhor ano em vendas dos últimos 7 anos, a aquisição de veículos ligeiros de passageiros novos por residentes na RAM, registou um crescimento homólogo de 8,4% no 4.º trimestre de 2018.

Ou seja, os números do Banco de Portugal que se reportam a 2017, já carecem de actualização. Isto porque nesse ano, “a área metropolitana de Lisboa agregava 44% do volume de negócios do sector, seguida da região Norte (33%)”, frisa, representando 77% do negócios automóvel gerado em todo o país. “O sector assumia maior relevância nesta última região e no Alentejo, onde representava 9% do volume de negócios das empresas com sede em cada uma destas regiões. A fabricação automóvel apresentava maior importância nas regiões Norte e Centro, representando 3% do volume de negócios gerado em cada uma dessas regiões. O peso do comércio automóvel no volume de negócios de cada região era superior, tendo oscilado entre 3%, na Região Autónoma da Madeira, e 8%, no Alentejo”. afiança.

A retomar crescimento rapidamente

“O setor automóvel integrava 16 mil empresas em 2017, mais 1,6% do que em 2016

Em 2017, o sector automóvel compreendia 4% das empresas com sede em Portugal (16 mil empresas) e representava 8% do volume de negócios (28 mil milhões de euros) e 4% do número de pessoas ao serviço (113 mil pessoas). O número de empresas em atividade no setor aumentou 1,6% entre 2016 e 2017, uma variação semelhante à registada no total das empresas (aumento de 1,7%). Em comparação com 2016, o peso do sector no total das empresas praticamente não se alterou no que respeita ao número de empresas e de pessoas ao serviço, mas aumentou 0,3 pp em termos do volume de negócios”, conta o Banco central português.

Mais: o sector automóvel era maioritariamente constituído por microempresas (90%). No entanto, as grandes empresas, apesar de representarem apenas 0,4% das empresas, agregavam a maior parcela do volume de negócios (51%), enquanto as pequenas e médias empresas reuniam a maior parcela das pessoas ao serviço (38%). Por segmentos de atividade, as microempresas assumiam maior relevância no comércio automóvel, em comparação com o verificado na fabricação automóvel. Neste último segmento, destaque para as grandes empresas que representavam 82% do volume de negócios e 72% das pessoas ao serviço do segmento”, números sempre referentes ao total do país.

A actualização referida englobada no Estudo da Central de Balanços Automóvel, com informação sobre a situação económica e financeira das empresas do sector.