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Madeira

IPMA alerta para grande quantidade de Caravelas portuguesas na Madeira e Açores

Foto Orlando Drumond
Foto Orlando Drumond

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alerta para a grande qualidade da espécie Physalia physalis, também conhecida por Caravela Portuguesa nos Arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Recorde-se que na semana de transição entre Abril e Maio, foram encontradas inúmeras caravelas portuguesa na zona balnear da praia Formosa, havendo também informação que ‘deram à costa’ em muitas outras zonas costeiras da ilha da Madeira.

A espécie Physalia physalis está, de momento, a ocorrer em grande quantidade nos Açores (ilhas do Faial, Terceira e S. Miguel) e na Madeira também foram avistadas, ainda que em menor quantidade.

Nos Açores (ilha de S. Miguel) também estão a ser registados avistamentos de águas-vivas (Pelagia noctiluca) e no continente português registam-se muitas veleiro (Velella velella).

Entre as espécies que ocorrem em Portugal, a Caravela Portuguesa é a que exige mais cautela. Influenciada por ventos e correntes de superfície, é frequentemente avistada nesta época do ano. Apresenta um flutuador em forma de “balão” de cor azul e, por vezes, tons lilás e rosa; os seus tentáculos podem chegar aos 30m de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras. Por isso, é importante relembrar que não se deve tocar nos tentáculos, mesmo quando a Caravela portuguesa aparenta estar morta na praia.

O GelAvista, relembra os cuidados a ter em caso de contacto com os tentáculos de uma caravela: deve limpar bem a zona afectada com água do mar e retirar quaisquer pedaços de tentáculos que possam ter ficado presos na pele. Poderá aplicar vinagre e compressas quentes e deverá procurar assistência médica.

A desenvolver a sua actividade desde 2016, o programa GelAvista tem vindo a envolver os cidadãos na ciência para a necessária recolha de informação sobre a ocorrência ou inexistência de organismos de aspecto gelatinoso na costa Portuguesa. Recebe informação sobre a presença de organismos gelatinosos, alertando a população, e transmite informação científica sobre as espécies, bem como os cuidados a ter em caso de contacto directo com a pele.

Qualquer ocorrência desta ou de outras espécies de organismos gelatinosos poderá ser comunicada ao programa GelAvista. A informação de cada avistamento (data, local, número de organismos e fotografia com objecto a servir de escala) deverá ser enviada através da aplicação GelAvista disponível para sistemas iOS e Android ou para o email [email protected]

Na página de facebook do GelAvista são frequentemente partilhadas as mais recentes ocorrências de organismos gelatinosos em Portugal, e no sítio gelavista.ipma.pt está também disponível informação sobre as espécies.

O Gelavista pretende continuar a contar com a colaboração da população para estudar e compreender a dinâmica dos organismos gelatinosos a larga escala em território nacional para que, no futuro, seja possível a previsão destas ocorrências.

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