Madeira

Fraternidade São Pio X afirma que argumento de D. Nuno para proibir missas tridentinas “não faz sentido nenhum”

Foto Helder Santos/ASPRESS
Foto Helder Santos/ASPRESS

A Fraternidade Sacerdotal São Pio X recorreu às redes sociais para demonstrar a sua vontade em continua a celebrar as missas tridentinas na Madeira. “Estamos convencidos que, quando - na hora de Deus-, os Bispos acordarem do letargo conciliar, dar-se-ão conta que não têm melhores filhos do que estes «tradicionalistas» que tanto desprezam hoje”, refere num texto assinado pelo padre Samuel Bon, que habitualmente se desloca à Região para celebrar estas missas. Aliás, acredita que o argumento de D. Nuno Brás para proibir esras missas “não faz sentido nenhum”.

Esta é a reacção à notícia que fez manchete na edição impressa de ontem do DIÁRIO. No texto, o padre relembra que, apesar do actual Bispo não autorizar estas celebrações, “foram celebradas várias Missas na igreja de Nossa Senhora do Carmo, gentilmente cedida pela ocasião pelo seu Prior, Rev. Sr. Padre Dias, com a autorização do Rmo. Sr. Padre Provincial da Ordem carmelita”, aquando do bispado de D. António Carrilho.

“Outros senhores Párocos estão de facto interessados em ver a Fraternidade celebrar Missas em igrejas com pouco ou nenhum uso pertencentes à Paróquia do seu cargo, para responder às necessidades dos paroquianos, cada vez mais desejosos de poder assistir na Missa tridentina”, avança, acrescentando que alguns sacerdotes demonstram interesse em aprender a celebração do Rito Romano tradicional.

“O argumento avançado pelo Sr Bispo D Nuno para justificar a sua decisão, muito contrária à bondosa atenção do seu predecessor nessa sede episcopal, não faz sentido nenhum”, afirma Samuel Bon. O padre afirma que “não podemos imaginar que o Sr D António não tivesse qualquer conhecimento das posições da FSSPX relativamente ao CVII [Concílio Vaticano II] e à missa antitradicional de Paulo VI, as quais foram apresentadas em Roma, sem ser nunca refutadas”.

“Salvo se o Sr Padre Samuel fosse um completo idiota, não iria a criticar o Bispo que acabava de autorizar as suas Missas, nem o seu sucessor, que aliás, nem conhece”, defende no texto. Em causa estará uma carta do bispo que dá conta de queixas de fiéis por, alegadamente, o pasdre se ter pronunciado contra o Papa e a diocese durante as eucaristias que celebrou. Esta informação foi negada por vários fiéis da Fraternidade, que contactaram o DIÁRIO quando tomaram conhecimento do argumento utilizado por D. Nuno Brás para ‘vedar’ as igrejas da diocese a esta congregação.

“Assim que, salvo se persistir na afirmação implícita de que, tanto o Sr Bispo D António como o Sr Padre Samuel, comportaram-se como insensatos neste assunto, o Sr Bispo D Nuno terá de arranjar outro motivo para negar qualquer igreja da diocese do Funchal para a celebração da Missa tradicional”, assume.

“Pela outra parte, o Sr Bispo D Nuno deveria explicar aos seus diocesanos como se faz que o Patriarcado de Lisboa, donde procede há poucas semanas, andou com muito trabalho à procura duma capela na zona da Lapa para ser disponibilizada para o culto dos Ortodoxos russos, cismáticos e hereges.... mas a Diocese do Funchal não pode disponibilizar uma única capela para os Católicos fiéis à Tradição da Igreja católica?

Por último, fica lamentar a falta de apertura e espírito de diálogo demonstrado pelo Sr Bispo D Nuno, ao negar tacitamente qualquer oportunidade de receber o Sr Padre Samuel Bon em audiência, tal como solicitado por este último”, refere o mesmo texto.

Por outro lado, a fraternidade afirma que “o Sr Bispo D Nuno deveria explicar aos seus diocesanos como se faz que o Patriarcado de Lisboa, donde procede há poucas semanas, andou com muito trabalho à procura duma capela na zona da Lapa para ser disponibilizada para o culto dos Ortodoxos russos, cismáticos e hereges.... mas a Diocese do Funchal não pode disponibilizar uma única capela para os Católicos fiéis à Tradição da Igreja católica?”. “Por último, fica lamentar a falta de apertura e espírito de diálogo demonstrado pelo Sr Bispo D Nuno, ao negar tacitamente qualquer oportunidade de receber o Sr Padre Samuel Bon em audiência, tal como solicitado por este último”, conclui o documento.