Madeira

Fernando Pinto defendeu bem a posição da TAP

Ex-presidente da companhia aérea e da qual ainda é conselheiro estratégico respondeu a todas as questões com a posição de uma empresa que tem de gerar lucro

Foto Homem de Gouveia/Lusa
Foto Homem de Gouveia/Lusa

Fernando Pinto foi, durante 18 anos, presidente do Conselho de Administração da TAP, tendo sido o estratega do projecto que impediu o fim da companhia aérea de bandeira nacional de ir à falência, tendo passado pela fase de uma empresa 100% de capital público para a actual situação de semi-privatização (50/50), esteve hoje no Parlamento regional no âmbito da Comissão de Inquérito à política de gestão em relação à Madeira, para literalmente defender de forma consistente a posição empresarial do negócio.

Recusando que a TAP esteja obrigado ao regime de serviço público para com a Madeira, frisando que a companhia não consegue determinar preços fixos apenas para os madeirenses, incentivando as pessoas que queiram viajar na companhia a fazerem reservas com bastante tempo de antecedência, pois consegue-se preços de 20 euros, reforçando que o principal objectivo da companhia é sobreviver a um mercado que teve de se adaptar ao fenómeno ‘low cost’, ainda assim o gestor brasileiro, antecessor de Antonoaldo Neves, afirmou que a Madeira desde sempre foi um mercado muito importante para a empresa.

Fernando Pinto respondeu com maior ou menor dificuldade - muitas vezes colocadas pelos deputados com alguma insistência e repetição de perguntas -, mas sem nunca deixar de dar a sua opinião que está, em grande parte alinhada com a do Conselho de Administração da TAP do qual é conselheiro sénior para questões estratégicas.

Engenheiro mecânico de formação, mas sobretudo um gestor experiente nas questões aeronáuticas que, em 2000, foi colocado perante o desafio de salvar a TAP, mostrou conhecimento e ‘cábulas’ suficientes para sair da Assembleia Legislativa da Madeira com a certeza que colaborou no máximo para tentar esclarecer os deputados da referida comissão de inquérito parlamentar.

Foram três horas de audição parlamentar que não trouxeram nada de novo para o debate e esclarecimento sobre o porquê de a TAP ter preços altos de e para a Madeira.