Junto à baía de Câmara de Lobos, a candidata social-democrata Cláudia Monteiro de Aguiar defendeu, hoje, a existência de mais apoios europeus àquele que é o principal motor da economia regional: o turismo. Enaltecendo os investimentos que têm vindo a ser realizados, em continuidade e, particularmente na área da hotelaria regional, a candidata fez questão de sublinhar o peso que este sector assume no desenvolvimento socio-económico das Regiões Ultra-periféricas - como é o caso da Madeira - e, neste caso concreto, de localidades que, tal como Câmara de Lobos, só têm a ganhar se valorizarem e potenciarem as suas características únicas, através desta actividade.

Ocasião em que também fez questão de sublinhar a sua preocupação relativamente à eventual saída do Reino Unido da Europa e à forma como Portugal tem gerido esta questão, sem evidenciar uma estratégia que, efectivamente, garanta a manutenção deste importante mercado.

“Com a possível saída do Reino Unido do Projecto Europeu, preocupa-nos, em matéria de turismo, a manutenção de um mercado que é fundamental não só para Portugal continental, mas, também para a Madeira», frisou, na ocasião, a candidata social-democrata, salientando que é legítimo questionar a falta de uma estratégia nacional que minimize as consequências e antecipe todos os cenários. Estratégia que, até à data, não é conhecida.

Em sentido inverso, explicou «as entidades regionais estão a acompanhar este dossiê e sabe-se que, relativamente ao turismo, já foram tomadas algumas medidas, como foi o caso do reforço das verbas para a promoção neste mercado», disse, preocupação essa que também tem sido evidente a outros níveis, como no caso das exportações e, particularmente, no respeitante ao Vinho Madeira.

«No Parlamento Europeu, o PSD tem-se destacado por dar voz àquele que é um dos principais motores da nossa economia”, sublinhou a candidata social-democrata, lembrando, a este propósito, que foi graças ao trabalho do seu Partido que se conseguiu criar, pela primeira vez, uma linha de financiamento europeu, exclusivamente destinada ao Turismo, envolvendo um total de 330 milhões de euros.

“Linha através da qual acreditamos que seja também possível apoiar a implementação de um plano global para fazer face ao Brexit e que, sustentando a aposta na qualificação dos recursos humanos, na digitalização e na promoção, sirva, igualmente, para prevenir e/ou minimizar os efeitos que podem advir desta saída”, reforçou.

«Continuaremos a trabalhar para que este financiamento venha a ser melhor direccionado para as reais necessidades deste sector e, naturalmente, para a maior e necessária diversificação dos mercados que, na Região, tem vindo a ser uma aposta bem sucedida», salientou, dando como exemplo o investimento promocional que tem vindo a ser levado a cabo em mercados como a China ou os Estados Unidos da América.

“Portugal deve saber fazer um plano consistente e não um plano à última hora para garantir que os turistas britânicos continuem a visitar o nosso país e, claro, a nossa Região. Lançar um programa ou uma iniciativa três anos após o anúncio da saída do Reino Unido parece-me redutor para a atenção que o nosso país deveria ter dado a este tema”, rematou.