Foi um pedido que partiu da vereação do CDS na Câmara Municipal do Funchal. O partido pretende que o presidente da Câmara Municipal do Funchal abandone por completo a criação da Polícia Municipal do Funchal, por considerar que comporta “custos muito altos” para os funchalenses e “não traz qualquer benefício”.

A vereadora do CDS, Ana Cristina Monteiro, que falava no fim da reunião de Câmara, lembrou que o seu partido havia solicitado, em Outubro de 2018, “os estudos encomendados pela autarquia que suportam a viabilidade da Polícia Municipal, documentos que o presidente da edilidade só muito recentemente revelou e que vieram confirmar as desconfianças de todos os partidos da oposição, ou seja, a Polícia Municipal tem custos elevados, sobrepõe-se ao Departamento de Fiscalização da CMF e as receitas de que precisa só serão obtidas se houver um aumento das receitas provenientes das multas, o que tem gerado críticas dos comerciantes”, refere nota do partido.

“O estudo apresentado pela CMF revela que a sobrevivência da Polícia Municipal só será possível se houver caça à multa”, declarou Ana Cristina Monteiro. “Portanto, não faz sentido criar uma polícia para levar a cabo tarefas que estão acometidas ao Departamento de Fiscalização. O CDS entende que o Departamento de Fiscalização deve ser reforçado com novos fiscais, o que terá muito menos custos, devendo a CMF aplicar as verbas previstas para a Polícia Municipal em projectos já aprovados e com interesse para as populações, como o Cartão Eco, que dará descontos na factura da água, e o regulamento das casas ilegais, propostas apresentadas pelo CDS e aprovadas por unanimidade”, concluiu.