Quando a falta do telemóvel se torna um problema
Vivemos numa era em que o telemóvel é quase uma extensão do nosso corpo. Serve para comunicar, trabalhar, divertir, aprender e até acalmar a mente. Mas… e quando a simples ideia de ficar sem ele provoca-nos medo, desconforto ou ansiedade? A isso chamamos nomofobia.
O que é a Nomofobia?
Nomofobia é a abreviação da expressão inglesa 'no-mobile-phone phobia' e refere-se ao medo irracional de ficar sem acesso ao telemóvel. Não se trata apenas de um incómodo, mas sim de uma sensação intensa de ansiedade quando o dispositivo está fora do alcance, sem bateria, sem rede ou mesmo desligado.
Como se manifesta?
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
- Verificar o telemóvel constantemente, mesmo sem alertas ou notificações.
- Sentir angústia ou irritação quando o dispositivo não está por perto.
- Dormir com o telemóvel debaixo da almofada ou acordar durante a noite para o consultar.
- Evitar situações onde não se pode usar o telemóvel (como reuniões, aulas ou eventos sociais).
- Perder o foco ou ficar nervoso em locais sem rede ou carregador.
Quais as causas prováveis?
A nomofobia não aparece do nada. Algumas causas frequentes incluem:
- Dependência emocional do contacto digital constante.
- Medo de perder algo importante, também conhecido como FOMO (Fear of Missing Out).
- Pressão social para estar sempre disponível e online.
- Uso do telemóvel como escape de situações desconfortáveis ou do tédio.
Quais são os riscos?
Apesar de parecer inofensiva, a nomofobia pode ter efeitos reais no dia a dia das pessoas:
- Dificuldades de concentração no trabalho ou na escola.
- Isolamento social, mesmo estando “ligado”.
- Problemas de sono, ansiedade e stress.
- Redução da qualidade das relações humanas presenciais.
Como combater a nomofobia?
- Estabelecer momentos do dia sem ecrãs (como às refeições ou antes de dormir).
- Desligar notificações não essenciais.
- Guardar o telemóvel noutra divisão durante certas actividades.
- Usar aplicações que monitorizam o tempo de utilização do dispositivo.
- Praticar actividades 'offline', tais como ler, caminhar, conversar, brincar, etc.
- Procurar ajuda profissional se a ansiedade for constante ou difícil de gerir.