DNOTICIAS.PT
Explicador Madeira

Quando a falta do telemóvel se torna um problema

None

Vivemos numa era em que o telemóvel é quase uma extensão do nosso corpo. Serve para comunicar, trabalhar, divertir, aprender e até acalmar a mente. Mas… e quando a simples ideia de ficar sem ele provoca-nos medo, desconforto ou ansiedade? A isso chamamos nomofobia.

O que é a Nomofobia?

Nomofobia é a abreviação da expressão inglesa 'no-mobile-phone phobia' e refere-se ao medo irracional de ficar sem acesso ao telemóvel. Não se trata apenas de um incómodo, mas sim de uma sensação intensa de ansiedade quando o dispositivo está fora do alcance, sem bateria, sem rede ou mesmo desligado.

Como se manifesta?

Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  • Verificar o telemóvel constantemente, mesmo sem alertas ou notificações.
  • Sentir angústia ou irritação quando o dispositivo não está por perto.
  • Dormir com o telemóvel debaixo da almofada ou acordar durante a noite para o consultar.
  • Evitar situações onde não se pode usar o telemóvel (como reuniões, aulas ou eventos sociais).
  • Perder o foco ou ficar nervoso em locais sem rede ou carregador.

Quais as causas prováveis?

A nomofobia não aparece do nada. Algumas causas frequentes incluem:

  • Dependência emocional do contacto digital constante.
  • Medo de perder algo importante, também conhecido como FOMO (Fear of Missing Out).
  • Pressão social para estar sempre disponível e online.
  • Uso do telemóvel como escape de situações desconfortáveis ou do tédio.

Quais são os riscos?

Apesar de parecer inofensiva, a nomofobia pode ter efeitos reais no dia a dia das pessoas:

  • Dificuldades de concentração no trabalho ou na escola.
  • Isolamento social, mesmo estando “ligado”.
  • Problemas de sono, ansiedade e stress.
  • Redução da qualidade das relações humanas presenciais.

Como combater a nomofobia?

  • Estabelecer momentos do dia sem ecrãs (como às refeições ou antes de dormir).
  • Desligar notificações não essenciais.
  • Guardar o telemóvel noutra divisão durante certas actividades.
  • Usar aplicações que monitorizam o tempo de utilização do dispositivo.
  • Praticar actividades 'offline', tais como ler, caminhar, conversar, brincar, etc.
  • Procurar ajuda profissional se a ansiedade for constante ou difícil de gerir.