Madeira adquiriu primeira câmara hiperbárica há 20 anos
Neste ‘Canal Memória’ rumamos a 2005
Foi há 20 anos que o Serviço Regional de Saúde adjudicou a uma empresa nacional a compra de um novo equipamento para o hospital. Tratava-se de uma câmara hiperbárica, a primeira na Região e a quarta no País. Este era um reforço da resposta em caso de acidentes de mergulho, mas não só.
Filomeno Paulo Gomes, na época presidente do Conselho de Administração do SRS, estimava que a aquisição do equipamento fosse custar cerca de 300 mil euros, preenchendo aquela que era considerada “uma lacuna” na resposta dos serviços de saúde.
Este equipamento vinha a ser pedido por vários profissionais ligados à área do mergulho, até porque houve um aumento da procura por essa actividade, nomeadamente na Reserva Natural do Garajau, Porto Santo, Machico e Lido.
A empresa à qual foi adjudicada a compra do equipamento teve ainda de dar formação aos profissionais de saúde, por forma a que tivesse conhecimento sobre o manuseamento. O objectivo era “dar resposta aos acidentes de mergulho, sem transferir os doentes para os outros espaços”.
A função principal está relacionada com os acidentes de descompressão em mergulho, mas serve para muito mais. Pode ser usada em casos de intoxicações por monóxido de carbono (o que acontece, por exemplo, quando os esquentadores a gás estão no interior da casa e o sistema de exaustão não funciona), mas também no tratamento de lesões causadas por radioterapia, nas úlceras causadas por má circulação ou até nas úlceras dos diabéticos.