Relâmpagos
Alguém levanta a questão (e fá-lo com zero celeuma), enquanto editor, quais seriam as biografias de políticos fundamentais para o Cinquentenário. Who’s who?
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Personalidades com percursos muito diferentes, com trajectórias de vida e visões do mundo distintas, mas que permitem um conhecimento plural, dialético e complementar da saga da construção destes 50 anos.
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Sim, em retrospectiva também. Por que não? A História é uma questão de tempo; uma linha de rumo coerente com a temporalidade. Deste modo, temos hoje de fazer história, na convicção de que as exigências do presente dão sentido ao futuro.
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Não. Livre pensador sempre, portador da minha Razão Crítica, na tetralogia de Edgar Morin - ordem, desordem, interações, organização. No que é dado a escolher, nem me agrada tudo e a minha liberdade de pensar e de exprimir, tanto como de agir, não se faz rogada.
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Sou por um Cabo Verde mais soberano, livre e democrático, assim como mais próspero, justo e solidário - sobretudo, com a “riqueza” melhor repartida. Um Cabo Verde também da perspetiva ontológica e onírica - metáfora, imaginário, utopia, amor, vida -, uma perspetiva que, sendo marginal, se almeja central. Não exatamente o que paira por aí.
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Não podemos perder a ambição de um tempo melhor. De realizar sonhos e de reinventar esperanças. Isto dito, sem desvalorizar o que de positivo tem sido feito. Haja consciência clara do muito que ainda nos falta.