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Crónicas

Só há insegurança quando interessa

A insegurança aumenta a cada dia que passa, sobretudo nos grandes centros urbanos do nosso país e isso tem que ser uma preocupação

Existem por aí pessoas que acham que em Portugal não há insegurança, a verdade é que este é um Mundo cada vez mais inseguro e por cá as notícias que vamos lendo nos jornais mostram-nos um crescendo de atos criminosos. Seja por uma imigração levada por outros valores e cultura ou por um certo nervosismo que vai grassando na sociedade e que impacta naturalmente nos nossos conterrâneos. Basta ver a reação das pessoas na rua, na estrada ou nas redes sociais. Ainda esta semana, a problemática das claques de futebol que podia ter redundado numa tragédia embora interesse a um nicho intelectual falar apenas do soco que um ator levou ali para os lados de Alcântara. Mas todos os casos contam e não há como desmentir que são cada vez mais. É o clima de guerra que se vai espalhando e entra pelas casas como combustível para as emoções que temos à flor da pele. Isso reflete-se nas nossas atitudes, na paciência e nos nossos comportamentos.

O clima de violência normalizou-se parece virar moda. Veja-se os festejos na vitória do Paris Saint Germain na Liga dos Campeões. A destruição, a intimidação e o medo pelas ruas de Paris. Se há quem chame aquilo de festejos eu chamo-lhe de violência, de gente que não se identifica com o próprio país onde vive que se sente no direito de partir, estragar e destruir tudo o que não é seu por uma questão de vingança e de necessidade de criar o caos. Em parte porque vivemos numa época em que se assumiu como costume a proteção das minorias que tudo podem e tudo fazem mesmo que deixem um lastro de miséria. Há quem pareça gostar de viver com um venda nos olhos e que só a tire para levantar a bandeira do racismo e da extrema direita quando este é um problema de todas as fações e classes sociais.

Vemos a guerra na Ucrânia e mais recentemente este conflito entre Israel e o Irão mas também muitos conflitos locais em África de quem ninguém fala porque parece não interessar. Só se fala quando nos aconchega os preconceitos ou quando o utilizamos para lançar atoardas sobre assuntos que pouco percebemos. Por cá alguns fazem ouvidos moucos a tudo o que se vai sucedendo. Parece estar tudo bem. Adulteram-se estudos e analisam-se outros de forma enviesada retirando do contexto o que se quer, tudo para defender a dama. A realidade dos factos diz-nos porém o contrário. A insegurança aumenta a cada dia que passa, sobretudo nos grandes centros urbanos do nosso país e isso tem que ser uma preocupação. A de que as nossas crianças e jovens não possam um dia viver como nós vivemos, sem receio de olhar para trás.

Notas breves:

O Polígrafo, programa que se auto-intitula como detetor de mentiras dos tempos modernos parece desta vez ter caído no que gosta de reparar. O programa mentiu descaradamente para garantir que Rui Tavares é dono de toda e qualquer verdade. O líder do Livre garantiu que Bolsonaro roubou jóias e a ERC acusa agora o famoso fact-checking de ter distorcido a realidade. Como diria Fernando Pessa, “e esta hein?”.

Augusto Santos Silva e Francisco Assis, vieram há poucos dias a terreiro defender o empenho e a liderança de José Luis Carneiro “nesta fase difícil”. Será amizade ou…?

Na China um cidadão chamou a atenção ao passear alegremente por um Centro Comercial com um galo de coleira. O Wookismo continua a trazer-nos cenas inusitadas que não param de nos surpreender. Qual será a próxima?