Entre o preço da liberdade e o custo da democracia

A campanha eleitoral a nível nacional poderá custar 8,2 MILHÕES de Euros, na Madeira ultrapassa 1 MILHÃO. O custo do ato eleitoral anda à volta de 1,7 MILHÕES de euros, na Madeira de alguns milhares, cada voto reverte para os partidos que elegerem deputados 13€ dos nossos impostos. Porque nós madeirenses ainda não saímos desta e já vem aí outra maçada para os eleitores. Ora não é que vão nos (obrigar) outra vez a mais uma secção de votos? Podem me obrigar a pagar impostos para sustentar este negócio da democracia, agora obrigarem-me a votar? tá quieto: isso seria uma afronta à minha liberdade! Isto já começa a dar uma maçada, já está a entrar no ridículo. Até parece que não tenho mais nada que fazer se não a andar aqui a escolher quem é que vai administrar o meu salário? Já a 3.ª vez este ano que sou chamado a escolher quem vai levar o meu dinheiro, quem vai fazer pior que o anterior, quem é que consegue fazer a promessa mais estapafúrdia, quem vai dizer mal dos que roubam porque nem sequer sabem roubar. Estas coisas de votar deveria ser consoante os resultados no futebol. Se ganha o Benfica governava um, se fosse o F.C.Porto era outro o Sporting já dava para mudar a cada 19 anos, seria mais divertido e o povo sentir-se-ia mais motivado a participar, afinal podíamos atacar o adversário da forma que melhor soubéssemos, tal como fazemos com a atuação dos árbitros, neste caso da política teríamos 10 milhões de árbitros, pois cada português iria julgar a atuação consoante os seus individuais interesses. Isto assim como está é uma canseira, já estou farto de democracia, a justiça nem tem tempo para investigar os sucessivos casos de corrupção que se atropelam uns aos outros, e deixa espaço para que o trabalho de roubar continue a reproduzir-se e a multiplicar-se pois não têm mãos a medir. Já haverá quem proponha o ministério para a corrupção regulamentado a forma e o método mais conveniente consoante as circunstâncias é que o ato que até já nem é crime foi cometido. Se for guardado no gabinete entre livros e garrafas dá direito a ser presidente da comissão europeia, se for em diamantes ou em casas em Paris tem direito a viagens pagas pelos contribuintes com subsídio de mobilidade. Se for por avenças a casas de jogo dá direito a bónus nas apostas on line. Se algum partido estiver interessado em contratar militantes (vulgo trabalhadores) lembrem-se existem 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza, por compaixão lembrem-se deles. Porque aqueles que continuamos a trabalhar para sustentar vadios, corruptos, gatunos e oportunistas estamos dispostos a dar o litro, continuar afincadamente e determinados a produzir cada vez mais para a ruína deste país. Estamos conscientes de que isto terá um fim nem que seja o da nação como país soberano e do povo como pessoa digna, afinal é isso que infelizmente a classe política usando a democracia tem feito para (assassinar) a liberdade.

A. J. Ferreira