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Síria anuncia ter matado um alto responsável do Estado Islâmico

Foto Shutterstock
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A Síria anunciou hoje ter morto um alto responsável do grupo extremista Estado Islâmico (EI), em cooperação com a aliança internacional anti-‘jihadista’ liderada pelos Estados Unidos, após a detenção de vários outros membros do EI.

“Unidades especializadas (…) realizaram uma operação de segurança em Al-Buwayda, perto de Damasco, em cooperação com os serviços secretos gerais e em coordenação com as forças da aliança internacional”, indicou o Ministério do Interior sírio, num comunicado.

A operação “permitiu neutralizar o terrorista Mohammad Chahada, conhecido sob o nome ‘Abu Omar Shaddad’ e considerado um dos principais dirigentes do Estado Islâmico na Síria”, acrescentou.

Esta operação confirma a eficácia da coordenação entre as agências de segurança nacional e os parceiros internacionais.

Horas depois, o Ministério do Interior sírio indicou que as forças de segurança tinham, “em coordenação conjunta com as forças da aliança internacional”, detido “o líder de uma célula terrorista” do EI perto de Damasco, tendo apreendido armas e munições.

As forças de segurança sírias detiveram também três membros de uma célula ligada ao EI na província de Alepo, segundo a mesma fonte.

Na quarta-feira, as autoridades sírias anunciaram a detenção de outro alto responsável do EI na região de Damasco, mais de dez dias após um ataque — atribuído por Washington ao grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico — que matou dois soldados e um intérprete norte-americanos na Síria.

Esse ataque, ocorrido a 13 de Dezembro, foi levado a cabo por um membro das forças de segurança sírias, constrangendo o regime de Damasco, empenhado em melhorar as suas relações com os Estados Unidos e que recentemente se juntou à aliança internacional anti-‘jihadista’.

Washington anunciou na semana passada ter retaliado, atacando bastiões do EI e matando pelo menos cinco dos seus membros, segundo uma organização não-governamental (ONG).

Durante a guerra civil na Síria, desencadeada em 2011 por manifestações pró-democracia violentamente reprimidas pelo regime do Presidente Bashar al-Assad, o EI apoderou-se de vastos territórios antes de ser derrotado pela coligação internacional, em 2019.

Apesar da derrota, os seus combatentes, entrincheirados no vasto deserto sírio, continuam a lançar ataques esporádicos.