Ângela Pereira morre no dia de Natal após luta contra doença rara
IPO do Porto chegou a estabelecer contactos com o hospital de Manchester, no Reino Unido, uma unidade especializada no tratamento da doença de que Ângela Pereira padecia
Partida da jovem de 23 anos está a comover o País, depois de a sua luta contra uma doença rara e fatal ter despertado uma enorme onda de solidariedade.
Morreu na manhã desta quinta-feira, dia de Natal, Ângela Pereira, a jovem de 23 anos que se encontrava internada no IPO do Porto e que lutava contra uma doença oncológica associada a uma grave condição pulmonar. Natural de Viana do Castelo, Ângela não resistiu ao agravamento do seu estado clínico, depois de ter desenvolvido também um quadro de pneumonia.
A jovem sofria de aspergiloma, uma condição grave nos pulmões, e o seu caso tornou-se amplamente conhecido e divulgado em todo o País, nas últimas semanas, após a divulgação de um vídeo nas redes sociais, no qual apelava a uma nova esperança de tratamento, depois de lhe ter sido transmitido que a sua situação era considerada terminal.
Morreu a jovem de Viana que lutava contra grave doença e gerou onda de solidariedade nacional
Ângela Pereira tinha 23 anos
O IPO do Porto chegou a estabelecer contactos com o hospital de Manchester, no Reino Unido, uma unidade especializada no tratamento da doença de que Ângela Pereira padecia. A tentativa de transferência para aquela unidade surgiu após uma amiga da jovem ter pedido ajuda junto de especialistas britânicos, numa última tentativa de encontrar uma solução clínica. Apesar dos contactos estarem em curso, o agravamento do estado de saúde acabou por ser fatal.
A morte de Ângela Pereira foi confirmada pela família, que reagiu através de uma publicação na página de Instagram da jovem. A mensagem, assinada “pela família e por alguém muito próximo”, expressa “profunda tristeza” e partilha as últimas vontades de Ângela.
Antes de partir, pediu que fosse deixada aqui uma palavra de agradecimento a todas as pessoas que, de alguma forma, a ajudaram, apoiaram, rezaram, enviaram mensagens ou simplesmente estiveram presentes ao longo desta caminhada tão difícil.
A família sublinha ainda que “cada gesto, cada palavra e cada demonstração de carinho foram sentidos” e garante que Ângela “nunca esteve sozinha”, sentindo-se “amada, acompanhada e amparada até ao fim”.
A mensagem termina com um agradecimento “a todos os que fizeram parte desta rede de amor e força”.