Bispo do Funchal apela à esperança e solidariedade no Natal
Na Missa do Galo, o Bispo do Funchal apelou ao povo madeirense a viver o espírito do Natal com fé, solidariedade e atenção pelos mais vulneráveis, lembrando que Jesus nasceu pobre entre os pobres e para todos
O Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, apelou ontem, na Missa do Galo celebrada na Igreja da Sé, ao povo madeirense para viver o verdadeiro espírito do Natal com esperança, solidariedade e humildade. Na sua homilia lembrou que o Menino de Belém é a esperança de toda a humanidade.
O Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, celebrou ontem a Missa do Galo na Igreja da Sé, dirigindo-se aos fiéis com uma homilia marcada pela reflexão sobre a encarnação de Deus e a mensagem de esperança para o povo madeirense.
"O nascimento de uma criança é sempre motivo para uma esperança renascida, não apenas para seus pais e sua família, mas para o mundo inteiro", começou por afirmar, lembrando que o nascimento de Jesus não é o de uma criança qualquer, em carne humana, há 2025 anos.
De acordo com D. Nuno Brás, "Deus quis nascer de uma mulher para viver como o homem verdadeiro. Quis nascer num presépio para se identificar com os pobres mais humildes. Quis nascer de uma virgem para mostrar que é Deus".
E insistiu na mensagem de humildade e inclusão. "Deus quis nascer pobre entre os pobres, para que todos o pudessem acolher. Seria um erro pensar que para acolher o Salvador seria necessário ter dinheiro ou fama, sabedoria ou qualquer outro tipo de poder humano".
A maravilha de Deus nascer em carne humana, de se limitar a si mesmo, de se humilhar apenas porque nos ama, a todos e a cada um, de se limitar apenas porque ama a humanidade que antes de nós habitou esta terra, e aquela humanidade que depois de nós há de também povoar, e que ama a cada um de nós em concreto. D. Nuno Brás
O Bispo sublinhou a universalidade do Salvador e a importância de olhar para o futuro com esperança. "Olhando para ele, não olhamos simplesmente para o futuro. O que o nosso mundo há de ser, já o vemos realizado neste menino que nasceu para nós, há dois mil e vinte e cinco anos. Nele encontramos o penhor de tudo quanto será por fim, esta nossa humanidade. Nele encontramos o presente da humanidade de todos os tempos. Nele, todos os presentes se podem encontrar".
D. Nuno Brás destacou ainda que Jesus não nasceu apenas como figura simbólica. "Deus quis nascer de uma mulher, uma descendente de Eva. A nova Eva, assim lhe chamavam os primeiros cristãos, para dela tomar a nossa carne mortal. Não quis ser uma figura, uma aparência, um avatar. Quis ser carne verdadeira, limitada, passível de adoecer e de morrer, capaz de sofrer. Homem verdadeiro".
Há 2025, Deus nasceu como homem, nasceu para nós, que nele acreditamos, e nasceu para todos, porque a todos ele quer salvar. Rejubilemos e cantemos: o futuro nosso e de toda a humanidade nasceu naquele frio presépio de Belém, e é um futuro de felicidade e de salvação. Um futuro de vida e de vida eterna.
O Bispo ainda reforçou que o nascimento de Cristo não é distante ou abstrato, mas profundamente humano. "Deus queria ser criado de uma mulher, para viver como um homem verdadeiro. Ele queria ser criado numa manjadoura, para se identificar com o pobre e o mais humilde. Ele queria ser criado de uma virgem, para mostrar que é o verdadeiro Deus".