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Presidente do Parlamento Europeu promete que UE nunca abandonará defesa das liberdades

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FOTO RONALD WITTEK/EPA  

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defendeu hoje que a democracia europeia foi construída na liberdade de pensamento e expressão, prometendo que a União Europeia nunca abandonará esses valores.

"A nossa democracia europeia assenta na liberdade de pensamento e de expressão. Nestes tempos incertos, devemos orgulhar-nos deste facto e não pedir desculpa por isso. Derramámos sangue por estes valores europeus, sabemos o quanto valem e nunca os abandonaremos", declarou Roberta Metsola durante a cerimónia de entrega do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2025 aos jornalistas Andrzej Poczobut, da Bielorrússia, e Mzia Amaglobel, da Geórgia.

Os dois jornalistas estão presos nos respetivos países e foram representados por terceiros durante a cerimónia de entrega do galardão no Parlamento Europeu.

"O jornalismo livre e independente é fundamental para colocar esses valores em prática. É por isso que é tão apropriado que o prémio deste ano seja concedido a dois jornalistas que estão a arriscar tudo para expor injustiças e combater ações antidemocráticas nos seus próprios países", salientou a líder do Parlamento Europeu.

Metsola enalteceu a luta pela democracia de ambos os vencedores do prémio e apelou à sua "libertação imediata", juntamente com todos aqueles que foram presos injustamente.

"A nossa determinação estará à altura da coragem daqueles que foram injustamente presos e daqueles que ainda sofrem atrás das grades, manteremos a pressão até que todos sejam libertados. Não os esqueceremos, nunca os abandonaremos. Até que a era das ditaduras chegue finalmente ao fim", disse.

Numa conferência de imprensa antes do seu discurso no hemiciclo do Parlamento Europeu, Roberta Metsola recordou que antes de ser líder do Parlamento Europeu, Metsola foi uma "jovem ativista" pelos direitos democráticos de Minsk e agora prometeu que irá "continuar a lutar por uma Bielorrússia livre".

Roberta Metsola frisou na mesma ocasião que a mesma determinação aplica-se à Geórgia.

"As imagens de bandeiras europeias nos protestos na Geórgia vão permanecer connosco", acrescentou.

Entre os finalistas do Prémio Sakharov contam-se os jornalistas e trabalhadores da ajuda humanitária na Palestina e em todas as zonas de conflito e os estudantes sérvios que iniciaram protestos a nível nacional contra o Governo de Belgrado.

O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, batizado em homenagem ao físico e dissidente político soviético Andrei Sakharov, é o maior prémio de direitos humanos da União Europeia (UE), com o valor pecuniário de 50 mil euros.

Atribuído pelo Parlamento Europeu a indivíduos ou organizações todos os anos desde 1988, visa reconhecer o trabalho em prol da defesa de direitos fundamentais, em particular a liberdade de expressão, a salvaguarda dos direitos das minorias, o respeito pelo Direito internacional, o desenvolvimento da democracia e a defesa do Estado de Direito.