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Madeira

JPP acusa PSD/CDS de bloquear audição para esclarecer opção por campos de golfe

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O JPP acusou, hoje, através do seu grupo parlamentar, o PSD/CDS de ter negado uma audição ao secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas para esclarecer se o Governo Regional dispõe de estudos que fundamentem “esta súbita opção política pela construção desenfreada de novos campos de golfe utilizando dinheiros públicos para depois os entregar de bandeja aos privados”.

Paulo Alves, numa iniciativa junto ao campo de golfe do Santo da Serra, afirmou que este chumbo ao pedido de audição a Pedro Rodrigues “significa que os partidos que integram o executivo não têm estudos nem dados que suportem a decisão”.

Este silêncio e esta recusa dos partidos do Governo, é o regresso a um passado recente do quero, mando e posso, muito típico das maiorias do PSD, tinha arrefecido um pouco nos últimos dois anos, mas está de volta, com a cumplicidade estranha do parceiro CDS, que passou a campanha eleitoral a prometer mais habitação e melhores salários, nada disto está a ser concretizado, mas não se lhe ouve uma única palavra sobre esta inversão de prioridades. Paulo Alves

Apesar de estar do lado de todo e qualquer investimento reprodutivo, que ajude a alavancar a economia regional, criar riqueza e emprego, o JPP entende que em política “tem de haver um quadro bem definido de prioridades e, no contexto atual, com os jovens, a classe média e trabalhadora sem acesso a uma habitação, é da maior urgência canalizar investimento para aumentar a oferta de habitação pública e não despender recursos na construção de campos de golfe”.

Paulo Alves considera inaceitável que obras como a unidade de saúde do Porto Santo continuem paradas, enquanto o Governo avança com a construção de mais um campo de golfe para aquela Ilha, e que os reembolsos na saúde só sejam processados ao fim de meses. “Como se observa nestes dois exemplos, as prioridades do PSD/CDS é investir milhões em novos campos de golfe”, referiu.

Além disso, o deputado aponta que o investimento nesta infra-estruturas pode vir a criar “uma forte pressão na água de rega necessária para a nossa agricultura, aumentado as dificuldades dos agricultores no período de Verão”.

"A recusa da audição ao secretário dos Equipamentos e Infraestruturas pelo PSD/CDS impede os madeirenses de serem esclarecidos sobre se o Governo Regional tem estudos que fundamentem a opção pela construção de campos de golfe; saber quantos anos serão necessários para recuperar o investimento; qual a quota do mercado turístico que vem à Madeira exclusivamente jogar golfe; que entidades fizeram esses estudos; qual o peso atual do mercado do golfe na economia regional", explica.