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“A inocência das palavras”!

Todas as palavras têm uma função específica, variável dentro do texto, de acordo com o objectivo do mesmo… e assim podem explicar, denunciar, admitir ou simplesmente expor… e talvez até se possa colocar um etc, etc, para poder chegar a todos os “lados” na futura utilização dessas mesmas palavras. Quando se escreve ANTI-isto ou ANTI-aquilo, ou quando se fala em ECO-ali ou ECO-acolá, ou então quando se introduz num texto a palavra NEO ou então BIO — quase sempre com letra maiúscula — numa determinada frase, estamos a ser sequestrados por palavras que desconhecemos o seu valor intrínseco… podem valer zero ou então valer realmente alguma coisa. Claro que as palavras valem o que valem… não têm peso específico real, não têm conteúdo oxigenado… mas a sua articulação, simples ou meticulosa, provoca reacções de todo o género e feitio, dependendo muito de quem as souber introduzir e depois interpretar e utilizar, com a “textura” e a “densidade” pretendidas.

O mundo está a querer “voar” sem asas e a querer decidir sem ouvir, sem pensar, confiando no imediato, na presença das mais variadas respostas. Agora, e na minha opinião, não é preciso pensar, porque estão alguns a pensar por nós e por muitos outros! Porque, se realmente alguém pode pensar e decidir por mim, para que estou eu a perder tempo… ou tempo de trabalho desnecessário? Com esta leitura simplista, compreendemos que o mundo moderno está a modernizar-se cada vez mais, demonstrando uma capacidade de, não fazendo nada, conseguir ganhar muita coisa. E explico… tudo acontece, usando os meios disponíveis, evitando as opiniões dispensáveis e recorrendo às oportunidades não exploradas, daqui resultando ganhos e benefícios, sem qualquer dispêndio de energia ou de trabalho real! Melhor que isto não existe! Que é ganhar algum, sem fazer nada! E agora, em alguns programas televisivos, comentando uma notícia qualquer, vê-se a opinião do engenheiro, a opinião do arquitecto, a opinião das redes sociais e agora a opinião do Chat GPT! Que tal? Mas tudo isto vai ao contrário da lógica e da evidência de que a riqueza de um país está no produto do nosso trabalho! Se eu comprar produtos portugueses ou locais, naturalmente o dinheiro que isso pode custar deverá ficar no meu país! Se estou a comprar tudo como produto importado, aquilo que pago não vai ficar certamente na nossa querida terra! Bem pelo contrário! Usar palavreado subtil para convencer as pessoas, aproveitando o nosso ancestral sentimento lusitano, geneticamente compatível com a “lei do menor esforço”, é exactamente o caminho certo para uma rentabilidade fácil, sem sangue, sem suor e sem lágrimas! Mas depois, com queixas a posteriori!

O mundo sempre teve um espaço disponível para as migrações, que existiam, existem e vão continuar a existir! Mas o que está a acontecer — para além do seu número exorbitante — é o facto de antigamente elas se realizarem de países menos ricos para os países muito ricos… e agora, inexplicavelmente, provêm dos países ricos para os países menos ricos! Conseguem explicar isto que está a acontecer?

A qualidade e actividade políticas nestes países, ricos por natureza, está muito degradada, em termos profissionais e sociais, com um futuro muito hipotecado, deficiente e incomportável. E, em vez de se permitir e até promover estas migrações, deveríamos apostar e trabalhar para alterar estas disfunções no local onde elas verdadeiramente existem, e nunca permitir, transferir e autorizar que esses problemas venham cair nas portas das nossas casas. Com alguma inocência nas palavras, percebemos que estas movimentações de migrantes trazem “veneno na boca”, criando dependências que sobrecarregam e se sobrepõem às nossas independências adquiridas, porque sabemos que não estamos preparados, nem temos legislação adequada, para manter o nosso “status”, com a nossa segurança e o nosso bem-estar comum. Quem entra numa “equipa” tem de pensar igual, fazer igual e participar o mais igual possível; senão estamos muito mal! E também, em termos sanitários, as diferenças de actuação nos mais variados países divergem muito do nosso espaço europeu, onde a saúde é um bem pessoal, transversal a toda a população, com a melhor protecção contra as doenças, em que os problemas são normalmente resolvidos, sem excepções.

O mundo mudou… já o disse várias vezes… mas mudou para pior, com pouca visibilidade para o perto e pior ainda para o longe… para o horizonte… sem qualquer tratamento oftalmológico! Como agora se pode dizer tudo, ou quase tudo… muitas vezes com esse tudo igual a quase nada… a intimidade está a desaparecer! E os segredos também! Resta-nos ainda poupado o segredo de Nossa Senhora de Fátima! Tenho dito!