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Madeira

Insuficiência cardíaca afecta quase 5% dos madeirenses com mais de 25 anos

Médicos da Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca participaram, no passado mês de Outubro, na V Reunião do Núcleo de Estudos de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.
Médicos da Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca participaram, no passado mês de Outubro, na V Reunião do Núcleo de Estudos de Insuficiência Cardíaca da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna., Foto SESARAM/DR

Quase 5% dos madeirenses com mais de 25 anos sofre de insuficiência cardíaca. O número foi apontado pelo Serviço de Saúde da Região (SESARAM), numa nota onde dá conta de um estudo realizado através de tese de mestrado do médico Luís Ramos Santos, um dos fundadores, juntamente com Manuela Lélis, da Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca (UNIICA), do Serviço de Medicina Interna do SESARAM.

Esse estudo foi recentemente publicado na revista 'Medicina Interna' em ‘ahead of print’, e em formato podcast.

Na mesma nota, o SESARAM relembra que a Unidade Integrada de Insuficiência Cardíaca foi constituída em Dezembro de 2021. Coordenada por Manuela Lélis, conta com outros três médicos assistentes hospitalares - Carolina Gouveia, Catarina Teles Neto e Bela Machado - contando com valência de consulta externa, internamento e hospital de dia. Esta unidade articula-se com outras especialidades que intervêm no tratamento da insuficiência cardíaca, como a Cardiologia, Medicina Física e Reabilitação ou a Nefrologia.

No estudo desenvolvido por Luís Ramos Santos, 'Custos Diretos da Insuficiência Cardíaca na Região Autónoma da Madeira', revela que esta patologia representa um consumo anual de 16.850 consultas de cuidados de saúde primários, 857 episódios de urgência, 427 internamentos e 13.414 consultas hospitalares. Além disso, dá conta de que o custo directo total estimado ultrapassou os 4 milhões de euros, tendo a componente hospitalar constituído o principal motor de custos (56%).

"Desde a sua abertura no SESARAM, a UNIICA obteve reduções de idas ao serviço de urgência e de internamentos por insuficiência cardíaca, sistematicamente acima de 70%, sendo estes valores verificados desde os 30 dias após alta até aos 24 meses após seguimento, demonstrando, assim, um impacto muito positivo na dinâmica hospitalar e na qualidade de vida dos doentes", podemos ler na nota do SESARAM. 

A equipa de profissionais ligados a esta nova Unidade procura manter-se sempre actualizada, participando em diferentes formações. Uma dessas acções decorreu no passado mês de Outubro, com a participação na V Reunião do Núcleo de Estudos de Insuficiência Cardíaca (NEIC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).