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Retorno à demagogia

Albuquerque, com pensamento monárquico e decorrente ação, governou erraticamente a Região Autónoma da Madeira

1. Aristóteles, o filósofo grego que projetou as ciências e formulou a lógica, sem conhecer o candidato republicano Donald Trump (agora, para infelicidade de muitos, eleito o 47.º Presidente dos EUA, num regresso histórico como o segundo presidente a ganhar dois mandatos não consecutivos), descreve uma forma de governar na qual os argumentos são substituídos por apelos aos medos/temores, preconceitos, amores e ódios dos cidadãos.

Se há algo que acontecerá nos próximos anos na política americana – e seguramente internacional –, é a impossibilidade de uma argumentação serena, racional e construtiva sobre a ação política que é preciso implementar para que as grandes questões (interesses económicos, geoestratégicos, guerras, …) sejam solucionadas. Donald Trump venceu as presidenciais americanas com vitórias esmagadoras nos principais estados (Pensilvânia, Carolina do Norte e Wisconsin), mas também venceu a Câmara dos Representantes, o Senado e tem maioria no Supremo Tribunal. Disse, e antecipando o dia 20 de janeiro de 2025, que iria governar com um lema simples: «“promessas feitas, promessas cumpridas”! Vamos manter a nossa promessa. Nada me impedirá de manter a minha palavra para convosco, o povo. Vamos tornar a América segura, forte, próspera, poderosa e livre novamente. E peço a todos os cidadãos de todo o nosso país que se juntem a mim neste nobre e justo esforço». Não é muito difícil de decifrar e compreender que está de regresso uma forma anómala, corrupta e/ou deteriorada de democracia, e os eleitores americanos antes do dia 5 de novembro de 2024 conheciam bem quem é o seu futuro presidente.

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