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Suspeitos da morte de adepto junto ao Dragão começam a ser julgados em fevereiro

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Foto TSF

O Tribunal São João Novo, no Porto, começa a julgar em fevereiro sete pessoas acusadas de matar um adepto junto ao Estádio do Dragão durante os festejos do título, em maio de 2022, adiantou hoje à Lusa fonte judicial.

Além destes sete arguidos, acusados de homicídio qualificado, um outro, inicialmente indiciado pelo mesmo crime e despronunciado na fase de instrução, vai responder por um crime de ameaça.

O julgamento, agendado para dia 15 de fevereiro e com 28 testemunhas, tem ainda mais quatro arguidos, três dos quais acusados de ofensas à integridade física de uma jovem e um de detenção de arma proibida.

Segundo a acusação, consultada pela Lusa, desde o início de 2022 que cinco dos 12 arguidos, três dos quais acusados de homicídio qualificado e em prisão preventiva, mantinham um clima de conflito com a vítima motivado por agressões entre eles e familiares.

A 08 de maio de 2022, cerca das 02:00, durante os festejos do título de campeão nacional de futebol conquistado pelo FC Porto alguns dos arguidos envolveram-se em acesso troca de palavras com a vítima mortal, junto ao Estádio do Dragão, sustenta.

E, acrescenta a acusação, motivados por um desejo de vingança alguns dos suspeitos perseguiram, manietaram e agrediram a vítima com o propósito de lhe tirar a vida, agredindo-o a socos, murros e pontapés e usando uma faca com uma lâmina de cerca de 15 a 20 centímetros.

Nessa sequência, a vítima mortal, de 26 anos, foi esfaqueada várias vezes em diferentes partes do corpo e, apesar de ainda ter sido transportada para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, acabou por morrer, refere.

"As lesões traumáticas torácicas e abdominais determinaram como consequência direta, adequada e necessária, a morte [da vítima]", sublinha a acusação.

O Ministério Público (MP) considera ainda que os setes arguidos acusado de matar o adepto "não souberam refrear os seus impulsos violentos, motivados por um desejo de vingança, numa escalada de violência por motivos relacionados com desentendimentos familiares".

Os alegados homicidas atuaram "de forma concertada, em conjugação de esforços e divisão de tarefas" usando da violência e de uma faca para impedir que a vítima se defendesse e fugisse, ressalva.

Segundo o MP, os detidos agiram de forma "livre, deliberada e consciente" sabendo que a sua conduta poderia causar a morte da vítima, tal como aconteceu, e que era proibida e punida por lei.