Madeira

Diplomados na faixa 20-24 anos na Madeira representam 68,6%

Foto Shutterstock
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O número de diplomados do Ensino Superior na Madeira diminuiu quase 10% no ano lectivo 2021/2022 face ao ano lectivo anterior, por causa das circunstâncias da pandemia de covid-19, sendo que quase 7 em cada 10 dos alunos que concluíram o curso universitário e politécnico nas escolas da Região tinham entre 20 e 24 anos de idade, mais seis pontos percentuais do que em 2020/2021.  

Os dados foram divulgados hoje pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM), que atualiza a 'Série Retrospetiva da Educação da Região Autónoma da Madeira' com "informação dos diplomados do ensino superior no ano letivo de 2021/2022, entretanto disponibilizada pela Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC)".

Assim, é preciso esclarecer que "a leitura de evolução do número de diplomados no ensino superior, entre os anos letivos 2019/2020, 2020/2021 e 2021/2022, deverá ser efetuada com as devidas reservas, devido a alterações metodológicas no reporte da informação", adverte a DREM. E explica: "Os condicionamentos impostos pela pandemia COVID-19 ao funcionamento das instituições de ensino superior, implicaram que – nos dois anos letivos 2019/2020 e 2020/2021 – fossem considerados como diplomados, todos os alunos que tivessem concluído o seu curso, até ao final do mês de fevereiro dos anos seguintes. O regresso à situação de 'normalidade', em que apenas são considerados como 'diplomados' num determinado ano letivo os alunos que concluíram o curso até ao final do mês de dezembro, implica que em 2021/2022, em comparação com os dois anos letivos anteriores, o número de diplomados diminuísse, não por razões inerentes ao funcionamento do sistema, mas apenas pela retoma do horizonte temporal utilizado na produção destas estatísticas."

Assim se justifica que "no ano letivo de 2021/2022, o número de diplomados em estabelecimentos do ensino superior da RAM diminuiu 9,8%, tendo sido emitidos 793 diplomados (-86 que no ano letivo anterior). No ensino superior universitário foram atribuídos 485 diplomas, representando 61,2% do total, e no ensino politécnico 308 diplomas (38,8%)".

No que se refere ao sexo dos diplomados, "o número de mulheres diplomadas (57,8% do total) continua a ser superior ao dos homens (42,2%)", sendo que "na estrutura etária dos diplomados persiste a existência de um pico no escalão dos 20-24 anos, atingindo no ano letivo em análise 68,6% do total de diplomados (62,3% em 2020/2021). Segue-se o grupo etário 25-29 anos com 14,1% (19,6% em 2020/2021) e o grupo 40 e mais anos com 9,3% (7,2% em 2020/2021)" e acrescenta-se que "neste ano letivo existiram 28,7 diplomados por 1 000 habitantes com idade entre 20 e 29 anos, valor superior ao do ano letivo 2018/19 (27,8 por mil habitantes) mas inferior ao dos dois anos letivos anteriores (32,6 por mil habitantes em 2020/2021 e 29,3 por mil habitantes em 2019/20)".

Além disso, realça a DREM que "o número de diplomados nos estabelecimentos de ensino superior público atingiu o segundo maior valor da série com 743 diplomados (93,7% do total)", pelo que "apenas no ano letivo 2007/2008 foi registado um valor mais elevado, 800 diplomados, mas inferior em termos proporcionais (79,7%). Por outro lado, nos estabelecimentos de ensino superior privado, o número de diplomados atingiu o segundo menor valor da série, com apenas 50 diplomados (46 em 2013/2014)", destaca o contraste.

Já no que respeita à distribuição das áreas de educação e formação dos diplomados no ensino superior, a das 'Ciências sociais e comportamentais' foi a que "registou um maior número de diplomados (127; 16,0% do total), seguida da área 'Ciências empresariais e administração' (121; 15,3% do total)", enquanto que "a área 'Educação' registou o menor valor desde 2007/2008, contabilizando-se no ano em análise apenas 79 diplomados (10,0% do total), o que representou um decréscimo face ao período homólogo de 39,7%, sendo superada pela área das 'Engenharia e tecnologias afins' (82; 10,3% do total) e dos 'Serviços pessoais' (115;  14,5% do total) e "à semelhança dos anos anteriores, as áreas com menos procura por parte dos diplomados foram 'Humanidades (exceto línguas)' (2; 0,3%) e 'Ciências Físicas' (3;0,4%)".

Por fim, conclui: "A distribuição dos diplomas no ensino superior, por ciclos de estudo, revela um peso de 64,1% nas Licenciaturas, 10,7% nos Mestrados e 0,5% em Doutoramentos. Os diplomados em 'Cursos técnico superior profissionais' constituíram 24,7% do total de diplomados."