Ema foi parar à prisão depois de “um acerto de contas” e, a partir da cela minúscula e dos corredores estreitos da ala feminina do Estabelecimento Prisional (EP) do Funchal, traçou um percurso até à liberdade.
O início do tempo na prisão foi difícil. Na cela de dois metros quadrados, que dividia com Carla, havia espaço apenas para duas camas, um armário, uma sanita e um lavatório.
Para ‘fugir’ a este “horizonte cortado a betão”, Ema refugiou-se na escrita. No seu caderno de poemas, contos e pensamentos, prontos a publicar, reinam as palavras “mulher”, “livre”, “dor” e “recomeço”.