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Autoridades preveem que vento afaste fogo de zonas periurbanas

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Foto Lusa

As autoridades preveem que uma mudança da direção do vento leve o incêndio florestal que hoje deflagrou em Alcabideche a avançar numa direção inversa à das zonas periurbanas, disse à Lusa o presidente da Câmara de Cascais.

Pouco depois das 20:30, Carlos Carreiras (PSD) explicou que o vento continuava a ser a principal preocupação -- com o registo de rajadas até 60 quilómetros/hora -, perspetivando-se, depois das 21:00, "algum abrandamento da intensidade" do vento, bem como uma alteração da sua direção.

"Tem estado no sentido de todos os perímetros periurbanos, [mas prevê-se] que possa inverter no sentido da própria serra de Sintra. Para isso, foram já tomadas precauções, no sentido de colocar faixas de contenção, com máquinas de arrasto", afirmou, admitindo, ainda assim, que as variáveis em causa podem "ser alteradas a qualquer momento".

O incêndio deflagrou perto das 17:00 na zona do Zambujeiro, na freguesia de Alcabideche (distrito de Lisboa), numa área de serra.

As autoridades retiraram por precaução várias pessoas de habitações do Zambujeiro e do Cobre.

Na zona para a qual o vento deverá dirigir-se há, segundo Carlos Carreiras, "algumas casas dispersas", mas os moradores, por estarem inseridos neste perímetro florestal, "têm formação sobre como devem proceder".

O autarca corroborou a informação da Proteção Civil de que não havia, até ao início da noite, danos materiais, e disse não ser ainda possível indicar uma estimativa da área ardida.

As evacuações já efetuadas, acrescentou, foram realizadas por prevenção, tanto ao nível de moradores, como de mais de 800 animais dos canis do município e da Associação São Francisco de Assis.

Por precaução foram também cortadas algumas vias, "não por causa do fogo, mas por causa do fumo, e também para facilitar o acesso aos meios de proteção civil e segurança".

Fonte da GNR tinha já indicado à Lusa que a Autoestrada 5 (A5), que liga Cascais a Lisboa, foi cortada entre os nós de Alvide e Cascais, nos dois sentidos.

O número de operacionais a combater hoje o incêndio no concelho de Cascais aumentou para 637, mas os meios aéreos diminuíram para um devido ao anoitecer, segundo informação disponível no 'site' da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil às 21:00.

Estavam ainda no terreno 169 veículos.

Pelas 19:30, o comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa, Hugo Santos, reconheceu que o combate será dificultado pelo vento e pela "necessidade constante de reposicionar meios".

Outra fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Grande Lisboa indicou ainda que um bombeiro sofreu ferimentos ligeiros por inalação de fumos.