A mobilização é objectivo. Falar alto para que se oiça longe, onde se instala o poder na antiga capital do império, também.

A Montenegro caberá fazer acreditar que tem um quadro de futuro bem definido. Que tem a ver com o crescimento do país e a melhoria da qualidade de vida dos portugueses. Que anseiam por alguém credível, que o assuma como propósito primordial e quais são as prioridades para o alcançar.

Tem condições para o fazer, desde que se aconselhe bem e entenda o que outros não quiseram perceber. Que nem todas as pessoas que ajudam a ganhar o partido, e merecem créditos por isso, são as mais indicadas para convencer o país e pensar o futuro de Portugal.

Mas não só. Sem renegar o passado, terá de libertar-se de um fardo que vem sendo eleitoralmente penoso. Apesar de Passos Coelho ter erguido o país de um poço fundo, cometeu o erro de ir ao bolso dos portugueses por demasiado tempo, deixando para Costa a reposição da situação. Esse medo ainda acompanha quem vota dificultando a vida ao PSD.

Albuquerque terá discurso motivador e com perspectiva sólida sobre o futuro da Madeira. Incansável, tem ido a tudo o que pode, seja na Madeira ou no estrangeiro, junto às comunidades, ora visitando empresas ou presidindo a diferentes eventos, numa espiral de sucessíveis participações públicas que constroem a política de proximidade que é desejável, agrada às pessoas e sensibiliza aqueles com quem se encontra.

A parte dele e do seu governo está cumprida com distinção. Falta ver os restantes pormenores. Que não decidem eleições, mas o tamanho delas. A vitória pode ser robusta e até por números que surpreendam. Os primeiros vislumbres sucedem lá em cima, na serra, no Chão da Lagoa.