Querido, mudei de ideias

Chega o verão a diversidade de frutas que os nossos mercados apresentam no período de maior fartura dessas variedades. Inicialmente foram as nêsperas, logo em seguida vieram as cerejas, as papaias, ameixas, as maçãs e as pêras, os figos, as uvas, depois as castanhas e nozes, as abacates, as anonas, laranjas, tangerinas e ananases e assim vai o nosso ano frutícola. Mas pelo meio parece que incluíram algo que de fruta não tem nada e que quiseram designar de época dos incêndios. Afinal as catástrofes têm a sua época, não fosse agora a tempestade "Oscar" ser designada de fora de época num final de Primavera e princípio de Verão e ter de suportar este desastroso inverno. Estragou com a abundante produção de cerejas, e os produtores já fazem contas à vida, com pedidos de ajudas governamentais, já que parece que não facilita em nada os designados seguros de colheitas. Mas a designada época dos incêndios propícia para bons negócios, (SIRESP; GOLAS; KAMOVES etc.). Em contrapartida as semilhas do São João agradecem esta água, as albufeiras e as lagoas também, pois da que não foi de volta para o mar, ainda regou algum poio de bananeira, semilhas, feijão e maçarocas, felizmente. Mas nesta salada de aldrabices do caso tutti-fruti, onde não podem experimentar uma aventura de adicionar tomates; apesar de ser fruta e entre Medi(a)nas e Galambadas, (CEO), comissões par(a)lamentares de inquérito e TAP e por cá no que a obras inventadas, afinal eram só uma imaginação dum outrora deputado Marco S. Quaresma Gonçalves M. perante tal indiferença aos olhos dos cidadãos, duma total confusão e aldrabices às quais o sistema já nos habituou e infelizmente o povo acha-se incapaz de o resolver, mesmo que a democracia seja a decisão do povo, a liberdade permitiu infelizmente manter esse mesmo povo na ignorância para que políticos inescrupulosos pudessem fazer valer a sua «inteligência» e continuarem a sobreviver à custa da miséria desse mesmo povo. Vamos continuar a permitir pagar este exagerado preço da ignorância manifesta no total alheamento dos cidadãos quando se aproxima de novo a oportunidade de essa liberdade através dum ato democrático; O VOTO, termos de novo a oportunidade de mudar o rumo da política da nossa terra e alterar o panorama político exercendo com determinação e coragem o nosso direito que a democracia consagra. Tempos de substituir o medo pela coragem e desta vez não podemos ser nós próprios os cúmplices da nossa própria miséria. Os políticos do mundo novo que abusando da ingenuidade, subestimam o povo. Existem 120 mil madeirenses que já não acreditam neste modelo de democracia (abstencionistas) que serão decisivos numa eventual mudança do paradigma político na região. Se ao menos 5% desse universo eleitoral tivesse a coragem de tentar dar uma oportunidade numa alternativa credível, chegaria para que a nossa terra pudesse depositar alguma esperança numa renovação governativa. Afinal tudo muda e já dizia o nosso poeta Luís Vaz de Camões: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Já chega de receio em mudar do modelo da democracia ou de alternativas, com coragem e determinação podemos lutar contra os oportunistas utilizando a designada arma do povo e combater a corrupção.

A. J. Ferreira