Madeira

PTP lamenta que serviço de internamento não seja contemplado no pagamento extraordinário

Em causa o programa de recuperação de listas de espera

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O Partido Trabalhista Português mostra-se satisfeito com o reinício do programa de recuperação das listas de espera cirúrgicas, mas vem novamente alertar para a sua justa aplicação com equidade e respeito por todos os profissionais envolvidos. Em causa estará o facto de os profissionais afectos aos serviços de internamento não estarem contemplados nos pagamentos extrordinários.

Numa nota assinada por Edgar Marques Silva, o partido lembra que "o programa para cálculo de pagamentos extraordinários a pagar ao pessoal do bloco e aos cirurgiões parte da Portaria 234/2015, de 7 Agosto, que define as tabelas de preços a praticar pelo SNS e respectivo regulamento". Além disso, diz que "definiram que 45% fica para o SESARAM e 55% do indexado ao custo total fica para os profissionais do bloco, e apenas para estes, em percentagens definidas entre médicos e o Conselho de Administração".

"Mas os serviços de internamento, que ganham trabalho extra e suplementar, não são considerados e trabalham mais, para garantir a outros, num programa extraordinário salário suplementar", refere o coordenador de Saúde do PTP. Edgar Marques Silva alerta para a criação de "um programa justo e que envolva os serviços de internamento", nos turnos ou nos dias em que ele seja aplicado, uma vez que "nem na saúde se fazem 'omeletes sem ovos', e sem profissionais no pré-operatório nem no pós-operatório, a garantir dotações seguras, o programa apresenta assim uma falha de segurança e de qualidade, em simultâneo é também origem de clivagens entre profissionais".

É por estes motivos que o PTP pede ao Governo Regional que reconheça o valor dos profissionais de saúde, e que "não chega só prémios ou palmadinhas nas costas, quando deles precisam, como foi no caso numa época recente de combate à pandemia".