Populares invadiram um centro de saúde, retiraram um paciente e espancaram-no até à morte por suspeitarem que tinha assassinado a ex-mulher, na Zambézia, centro de Moçambique, anunciou hoje a polícia moçambicana.

O homem, de 52 anos, foi retirado à força de uma unidade sanitária no distrito de Gilé, onde recebia assistência depois de ingerir inseticida, disse Sidner Lonzo, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM).

"Lincharam-no com paus e pedras até que, infelizmente, perdeu a vida no local", referiu Lonzo.

Segundo a polícia, o homem terá espancado a ex-mulher até à morte e ateado fogo à residência, o que o tornou num alvo da população.

O linchamento popular está a ser investigado e ainda não há detidos, acrescentou o porta-voz.

Os homicídios por ação popular, em que grupos de residentes decidem fazer justiça pelas suas próprias mãos, são frequentes nas comunidades rurais em Moçambique.

Na mesma província, um outro grupo de populares espancou até à morte um residente no distrito de Gurué, em maio, depois de acusar um familiar de propagar cólera.