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Costa deseja felicidades a Catarina Martins com quem virou "a página da austeridade"

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Foto Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, desejou hoje "as maiores felicidades na nova etapa" da vida de Catarina Martins, recordando que em conjunto com a líder cessante do BE foi virada "a página da austeridade".

No dia em que Catarina Martins anunciou que vai deixar a liderança do BE na convenção de maio, António Costa recorreu à rede social Twitter para cumprimentar e desejar "as maiores felicidades na nova etapa" da vida da bloquista.

"Em conjunto virámos a página da austeridade num caminho para mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade", recordou, numa alusão à geringonça, a solução de Governo do PS apoiada no parlamento pelo BE, PCP e PEV.

Catarina Martins anunciou hoje que vai deixar de ser coordenadora do BE na próxima Convenção Nacional bloquista uma vez que não se vai recandidatar.

Na conferência de imprensa desta manhã, Catarina Martins manifestou "absoluta tranquilidade" de que há pessoas "com capacidade, força e preparação" para a substituir no cargo, esperando uma convenção com "soluções de unidade no partido".

A deputada e dirigente bloquista Mariana Mortágua deverá ser candidata à liderança bloquista na próxima convenção nacional, em maio, soube a agência Lusa junto de fonte do partido.

A ainda líder do BE afirmou que a década durante a qual esteve à frente dos destinos do BE foi de "vitórias e derrotas", explicando que "o que mudou agora" foi "a instabilidade da maioria absoluta" e que a crise "multiplicada dentro do Governo e em choque com a luta popular é o sinal do fim de um ciclo político".

"No Bloco não há períodos muito longos de funções como a coordenação. O que me fez decidir neste momento foi pensar que é agora que o Bloco deve começar a preparação da mudança política que já aí está", justificou.

Catarina Martins está à frente dos destinos do partido desde novembro de 2012, na altura em parceria com João Semedo, quando foram eleitos coordenadores do Bloco de Esquerda, então numa inédita liderança "bicéfala", modelo abandonado dois anos depois, na Convenção Nacional seguinte, em 2014.