Madeira

PCP quer banca "a suportar as subidas das taxas de juro"

Partido apresenta propostas para garantir o direito à habitação

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O PCP realizou esta terça-feira, 14 de Fevereiro, uma acção de contacto com a população no centro do Funchal para apresentar um conjunto de propostas relacionadas com o direito à habitação. Na ocasião o deputado Ricardo Lume defendeu que a população não pode "ter de escolher entre comer ou pagar a prestação, que garante lucros fabulosos à Banca". 

Em causa estão os aumentos das taxas de juro e das prestações do crédito à habitação, que estão a colocar muitas famílias com 'a corda ao pescoço'. 

Ricardo Lume propõe a criação de uma moratória, "por um máximo de 2 anos, suspendendo a amortização do capital e pagando juros apenas a uma taxa igual àquela a que os bancos se financiam". 

A manter-se o aumento das taxas de juro milhares de famílias podem vir a ser colocadas, a breve prazo, numa situação em que não conseguem suportar o pagamento das prestações do crédito bancário, ficando ameaçadas de perder a sua habitação. Enquanto as prestações não param de aumentar, os bancos têm cada vez mais lucros, os quatro maiores Bancos Privados de Portugal lucraram em 2022 1891 milhões de euros, mais 81% do que tinham lucrado em 2021. Ricardo Lume, PCP

Para defender o direito à habitação, o PCP leva amanhã, 15 de Fevereiro à Assembleia da República propostas que visam travar a subida das prestações do crédito à habitação, colocando os "lucros dos bancos a suportar as subidas das taxas de juro". 

O PCP entende ainda ser necessário "fixar o limite máximo da prestação em 35% do rendimento mensal do agregado familiar; conversão do crédito em arrendamento com possibilidade de retoma do empréstimo no prazo de 10 anos, descontando as rendas pagas".