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MAI investe 16 milhões de euros nos Açores em vigilância costeira, comunicações e infra-estruturas

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O Ministério da Administração Interna (MAI) vai investir 16 milhões de euros nos Açores para reforçar a vigilância da orla costeira, a qualidade do sistema de comunicações e criar infraestruturas para controlo da fronteira, foi hoje anunciado.

"Posso desde já avançar que o valor dos investimentos preconizados para as forças de segurança, aqui nos Açores, ou que irão beneficiar também as forças neste arquipélago, situa-se nos 16 milhões de euros", revelou José Luís Carneiro.

O ministro discursava em Ponta Delgada, na cerimónia militar do dia do Comando Territorial da Guarda Nacional da República (GNR) dos Açores.

Posteriormente, no final da cerimónia, o governante detalhou aos jornalistas as áreas de investimento, destacando que existem "várias obras em curso" para criar "condições para a instalação de um sistema de vigilância marítima" e "reforçar a capacidade" da GNR no controlo de fronteiras.

"Esse esforço de investimento para criar as infraestruturas logísticas e tecnológicas tem aqui nos Açores uma expressão muito importante, que é de uma fronteira onde o Serviço Estrangeiros e Fronteiras [SEF] já está a cooperar com a GNR", afirmou.

O governante destacou ainda que a instalação de um sistema de vigilância da orla marítima vai custar sete milhões de euros.

"No âmbito dos investimentos relacionados com a competência de fiscalização da orla marítima ate às 12 milhas, está prevista a instalação de um sistema de vigilância, cujo investimento está previsto numa primeira fase de até sete milhões de euros, num conjunto de estruturas físicas", avançou.

José Luís Carneiro realçou que está em curso um investimento superior a quatro milhões de euros para assegurar a "interoperabilidade" entre o sistema de comunicações dos Açores e o do continente.

"Em outubro passado foi possível testar pela primeira vez um objetivo que tinha décadas: interoperabilidade entre o sistema de comunicações dos Açores com o sistema do continente. Essa interoperabilidade testou positivamente. Agora temos investimentos em curso superiores a quatro milhões de euros para reforçar o sistema de comunicações", vincou.

Sobre a falta de polícias no arquipélago, o ministro da Administração Interna realçou que em 2022 foram reforçados os elementos da Policia de Segurança Pública (PSP) e GNR na região, com agentes que "já estão" no terreno.

"Nós já reforçámos os elementos da GNR com mais 20 elementos no ano de 2022 e a PSP com mais 49 agentes. Para além desses, há outros que estão a desenvolver formação técnica concedida pelo SEF para competências de controlo de fronteira aérea e portuária", assinalou.

Segundo o ministro, naquelas duas forças de segurança nos Açores, regista-se um "acréscimo de 128 efetivos desde a última década".