Em 2012 dois deputados das Canárias, em Bruxelas, admitiam que a sua região continuava muito interessada em estabelecer ligações marítimas directas e regulares com a Madeira, através do ‘ferry’.

A notícia dava conta que num encontro ocorrido na capital belga, Gabriel Mato e Juan Fernando López Aguilar, deputados de Canárias, explicaram que um dos objectivos estratégicos daquela região era o reforço das ligações marítimas, quer internas quer externas. “Para a sua concretização estão dispostos a mobilizar fundos europeus, integrados nos projectos das redes transeuropeias, mas também nacionais”, lê-se.

A ideia de ligar os arquipélagos dos Açores e Madeira por via marítima entusiasmou na altura a eurodeputada açoriana Maria do Céu Patrão Neves (PSD), que lembrou que esta alternativa de transportes permitiria à sua região escoar mais facilmente os excedentes do sector primário.

Por outro lado o eurodeputado madeirense Nuno Teixeira lembrava que apesar do entusiasmo, a “verdade é que Canárias aplica um imposto específico (AIM - Arbítrio à Importacion de Mercancias) às mercadorias que são descarregadas no seu arquipélago, o que acaba por constituir um entrave à entrada dos produtos de regiões como a Madeira e os Açores”, refere a notícia.

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Continuando na ‘viagem’ por esta edição, é dado conta que a Madeira necessitava de 150 milhões de euros até ao final do ano para pagar uma operação de titularização de dívida. “Ou seja, dívida da Região a empresas da construção civil que foi comprada pela banca, conhecida por ‘Operação Pérola’. E conta com o ‘dinheiro de Vítor Gaspar’ para honrar o compromisso”.

A operação estava prevista no Boletim de Execução Orçamental de Outubro, onde o Governo Regional reconhecia um “acréscimo dos Passivos e das Contas a Pagar, em Outubro”, que explicava como resultado do “registo, no mapa dos pagamentos em atraso, dos valores referentes à operação de titularização (150 milhões de euros)”.

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