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E agora?

A Região fica a ganhar com um filho desta terra, que não hesitará em colocar os interesses da Madeira à frente de tudo e de todos

Quem nunca ouviu, quando era criança, algumas fábulas antes de dormir? Histórias de encantar, de embalar, narrativas curtas, seguidas por uma lição de moralidade, fazem parte do imaginário colectivo que perdura na nossa memória até aos dias de hoje? Quem nunca? Autênticos clássicos. Enquanto escrevo lembro-me de várias daquele que era o maior contador de todos — Esopo — e alguns dos seus mais belos contos amolecem o corpo e alma e nos fazem adormecer tranquilamente.

Confesso que hoje não preciso de me contem velhos contos para de algum modo me fazer adormecer até pelo facto de os conhecer quase todos - a fábula da lebre e a tartaruga que corria muito em chegar à meta e acabou perdendo; A fábula do leão e do rato que ensina sobre o ciclo da generosidade e o valor da vida em comunidade, aprecio a história rã e do boi que relata os sentimentos humanos frequentes como a inveja, a ira e a cobiça; E também aquela velha história da raposa e do corvo que nos ensina os perigos da vaidade e da soberba - tão actuais nalguns casos diários, diria eu, pensais vós.

Esopo era exímio como contava as suas histórias, era homem de imensa cultura, fez tanto sucesso na Grécia antiga que o escultor Lisipes ergueu-lhe uma estátua em sua homenagem, só que o contador de fábulas, esse homem de palavra fácil e de imaginação fértil teve um final de vida trágico. Foi condenado à morte. Não deveria ter sido assim, afinal de contas era só um contador de histórias que nos levava a um imaginário feliz.

Tudo isto para vos dizer que “um homem quando perde os bens perde pouco, quando perde a dignidade perde muito e quando perde a coragem, perde tudo”, guardei sempre este pensamento de Cervantes, autor da imortal história de Dom Quixote de La Mancha, que acompanhado pelo seu fiel escudeiro, Sancho Pança, avança por montes e vales e continentes, lutando contra moinhos de vento e cavaleiros imaginários.

E agora? No dia 10 de março de 2024 os madeirenses e porto-santenses serão chamados às urnas para eleger um novo primeiro ministro para Portugal, mas acima de tudo para escolher quem nos vai representar na Assembleia da República.

Uma palavra para o cabeça de lista desta coligação, o companheiro Pedro Coelho. Acredito que terá aceitado esta missão com espírito de serviço à causa pública, à Região e ao PSD. Estou certo que terá ponderado sabiamente no interesse do bem comum e sei que está à altura deste desafio nesta importante missão que é defender os Madeirenses e Porto-santenses.

Se Câmara de Lobos fica a perder com a sua saída a meio de um mandato autárquico? Gostaria muito de ter esta resposta, mas há uma certeza que sei: a Região fica a ganhar com um filho desta terra, que não hesitará em colocar os interesses da Madeira à frente de tudo e de todos. Resta-me desejar-te boa sorte e dizer-te que podes uma vez mais contar comigo enquanto militante para mais uma campanha.