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Pedro Nuno, o autonomista

PNS deverá defender o projecto madeirense, assegurando, ao mesmo tempo, todos os deveres de transparência

A autonomia não está a ser discutida nas eleições internas do PS, mas as declarações dos candidatos Pedro Nuno Santos (PNS) e José Luis Carneiro (JLC) revelam com que os madeirenses podem contar. Nas entrevistas concedidas neste matutino ficou claro o compromisso do PNS com o aprofundamento da autonomia e, sobretudo, com a compreensão da importância de acelerar este caminho.

Sem qualquer margem para dúvida, PNS mostrou compreender a importância da construção autonómica na nossa região e deu mostras de estar a favor da criação de melhores condições de governação que garantem a introdução de políticas que ajudem a melhorar a vida dos madeirenses. É para isso que deve servir o projecto autonómico! Já JLC deixou dúvidas e um calafrio na barriga dos madeirenses: para ele a autonomia “é uma coisa boa” mas não é motivo de qualquer preocupação, sendo matéria para o Parlamento. Sendo certo que há muitas vantagens em construir consensos parlamentares na RAM sobre a Autonomia, também é verdade que o compromisso nacional é determinante para sermos consequentes e bem sucedidos. Mas, JLC, na sua deriva centralista, ainda foi mais longe ao evitar ser peremptório sobre o cargo do Representante da República e a sua inutilidade absoluta. Sendo assim, não há nenhuma dúvida, para qualquer madeirense que se reveja na importância das conquistas autonómicas, que o nosso povo tanto perseguiu, que é o candidato PNS que melhor personifica os anseios dos madeirenses e as suas preocupações. De resto, é também com ele que podemos contar para acelerar os efeitos positivos dos novos cabos submarinos na Madeira, permitindo dar poderes à Região para implementar políticas publicas que atraem Investimento Estrangeiro, baseado nestas novas Infraestruturas. É também com ele que será possível afirmar o potencial marinho, garantindo uma lei do mar que não retire poderes à Região, mas que acrescente potencialidades seja na co-gestão dos recursos, seja na liderança de projectos regionais balsedos no mar madeirense. Mas ainda há mais. O PNS reconhece a importância das apostas nas energias renováveis numa região que importa ainda muito combustível. Apoiar a descarbonização da Região é um imperativo incontornável que o PNS tem perfeita consciência e assume como desafio nacional. Na linha de soluções mais urgentes, está também a sensibilidade do próximo Secretário Geral do PS para a necessidade de um aeroporto de contingência e o compromisso de trabalhar com a Região no sentido de assegurar a implementação dos investimentos necessários para a sua concretização. Quanto à Zona Franca da Madeira a tarefa continua a ser hercúlea mas é indispensável prossegui-la com consistência. A ideia será a de contribuir para que a estratégia desta zona de impostos mais baixos promova o emprego e a diversificação da economia Regional. Na negociação do V Regime o país deve mostrar à UE que este mecanismo é uma mais valia para a Madeira e para os madeirenses, nos termos em que verdadeiramente interessa: criar riqueza, gerar emprego, fazer emergir novos negócios. É neste quadro que PNS deverá defender o projecto madeirense, assegurando, ao mesmo tempo, todos os deveres de transparência, fiscalização e escrutínio de modo a dar credibilidade reforçada a esta praça.