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A Guerra Mundo

EUA sancionam o "Carniceiro de Bucha" acusado de crimes na guerra na Ucrânia

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Os Estados Unidos sancionaram o coronel russo Azatbek Omurbekov, conhecido como o "Carniceiro de Bucha", acusado de ter cometido graves violações dos direitos humanos na guerra na Ucrânia, divulgou hoje o Departamento de Estado norte-americano.

Também Daniil Frolkin, um cabo do Exército russo que alegadamente participou na execução extrajudicial de um civil ucraniano desarmado em Andriivka (Donetsk), foi sancionado, de acordo com a mesma nota de imprensa do Governo dos EUA.

Omurbekov, Frolkin e os seus familiares diretos estão proibidos de entrar no território dos EUA, como resultado destas sanções.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, sublinhou, citado no comunicado, que Omurbekov liderou uma brigada em Bucha, nos arredores de Kiev, onde mataram, desmembraram e queimaram civis durante a ocupação russa da cidade.

Após este massacre, o Presidente russo Vladimir Putin conferiu honras à brigada, promoveu Omurbekov e elogiou a sua liderança, acrescentou o secretário de Estado.

A localidade de Bucha ganhou notoriedade na fase inicial da guerra, depois de as tropas ucranianas terem conseguido expulsar os russos que, segundo Kiev, tinham massacrado a população local.

A Ucrânia localizou várias valas comuns na localidade, mas Moscovo tem afirmado que não teve nada a ver com este episódio.

"Os relatos de que Omurbekov e Frolkin estiveram envolvidos em graves violações dos direitos humanos, documentados por ONG [organizações não-governamentais] independentes, são sérios e credíveis", sublinhou o chefe da diplomacia norte-americana.

Para Blinken, as sanções são um sinal do compromisso do Governo liderado por Joe Biden "com a defesa dos direitos humanos e a responsabilização pelos crimes de guerra que a Rússia estaria a cometer na Ucrânia".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Os Estados Unidos anunciaram hoje o envio de um novo pacote de armas, avaliado em 100 milhões de dólares (cerca de 91,4 milhões de euros), para ajudar a Ucrânia na sua defesa contra a Rússia.

Washington é o maior doador de assistência militar à Ucrânia, com mais de 43,9 mil milhões de dólares entregues desde o início da invasão ordenada por Putin.