Boa noite!

O Rali do Faial-Santana, última prova do Campeonato de Ralis Coral da Madeira 2023, que se realiza no próximo sábado vai contar com os principais pilotos regionais entre as cerca de duas dezenas de equipas que formalizaram a sua inscrição. Cai assim por terra a tentativa de uns quantos em boicotar a prova organizada pelo ‘100 à hora’, dada a não realização das especiais do Kartódromo do Faial, alegadamente por falta de apoios financeiros prometidos.

Quem perspectivava um fiasco, alimentado com polémicas estéreis ou rebeliões de cariz político, esqueceu-se que os já campeões absolutos, Alexandre Camacho e Pedro Calado, bem como os seus grandes opositores, a dupla Miguel Nunes/Roberto Castro, entre outros, não brincam em serviço na competição e em tudo o que a envolve. Os adeptos do automobilismo dificilmente entenderiam uma ausência orquestrada numa prova que, mesmo sendo para cumprir calendário para aqueles que já concretizarem todos os propósitos na época, consagra os mais velozes e permite que possam dar espectáculo já sem a pressão dos resultados. E sobretudo suspeitariam da continuidade da excelência do campeonato regional no futuro próximo, mesmo que alguns o façam a expensas próprias.

Como se sabe, na maior parte dos casos, os projectos em curso, dos quais a economia de toda ilha beneficia, exigem avultados investimentos e profissionalismo, logo, bem mais do que carolice e atrevimento, talento e sorte. Só são possíveis porque foram estabelecidos compromissos com patrocinadores que ajudam a viabilizar a participação de muito boa gente na temporada automobilística. Relativizar esta importante dimensão sem a qual o campeonato competitivo seria uma miragem, para além de provocar quebras contratuais e atentar contra a verdade desportiva, configura um amadorismo sem precedentes, irresponsabilidade que nada honra a palavra dada pela maioria, nem dá sustentabilidade aos ralis do futuro.