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Hamas procura oito reféns russo-israelitas para libertá-los

"Consideramos a Rússia um amigo muito próximo", referiu Moussa Abou Marzouk

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Foto AFP

O grupo islamita Hamas está a tentar localizar oito reféns com dupla nacionalidade, russa e israelita, para os libertar, disse hoje um dos seus altos funcionários, Moussa Abou Marzouk, que se encontra em visita a Moscovo.

"Estamos agora à procura das pessoas que foram identificadas pelo lado russo. É difícil, mas estamos à procura. E assim que os encontrarmos, iremos libertá-los", declarou Moussa Abou Marzouk, citado pela agência de notícias do estado russo Ria Novosti.

O representante do Hamas disse ter recebido do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia uma lista de oito nomes de cidadãos com dupla nacionalidade russo-israelita que estariam detidos na Faixa de Gaza.

"Estamos muito atentos a esta lista e iremos tratá-la com cuidado, porque consideramos a Rússia um amigo muito próximo", referiu Moussa Abou Marzouk.

O dirigente do Hamas chegou a Moscovo na quinta-feira para um processo de conversações, o primeiro desde o início do conflito com Israel, há quase três semanas.

Estas discussões incluíram a libertação de reféns e a retirada de cidadãos russos.

Na terça-feira, o Kremlin indicou que não foram feitos quaisquer progressos na libertação dos reféns russos sequestrados pelo Hamas, e admitiu mesmo que não sabia quantos eram.

Centenas de cidadãos russos vivem na Faixa de Gaza, alvo dos bombardeamentos israelitas.

A Rússia, ao contrário dos Estados Unidos, não considera o Hamas uma organização terrorista e sempre manteve relações com o movimento islâmico palestiniano.

Se Moscovo condenou os ataques lançados em 07 de outubro contra civis israelitas, também insistiu na necessidade de um Estado palestiniano para pôr fim ao conflito e alertou Israel contra as consequências de uma resposta cega e assassina.

O grupo islamita palestiniano Hamas atacou Israel no dia 07 de outubro, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza.