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Madeira

“Inclusão é criar políticas públicas para dar resposta às pessoas com deficiência”

Arrancam na Madeira as jornadas dedicadas à Paralisia Cerebral

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Em Portugal há 20 mil pessoas diagnosticadas com esta perturbação

“Inclusão é criar políticas públicas para dar resposta às pessoas com deficiência”. Foram as palavras da secretária regional de Inclusão e Juventude, Ana Sousa, no arranque das jornadas ‘Ir Mais Além’ – inseridas no âmbito do Dia Nacional da Paralisia Cerebral – na qual participa em representação do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque. 

A iniciativa, presidida por José Manuel Rodrigues, iniciou-se pelas 14 horas, no parlamento madeirense. 

Este é o primeiro acto público da Ana Sousa, enquanto membro do XIV Governo Regional da Madeira (2023-2027), eleito nas Regionais do passado dia 24 de Setembro e empossado na última terça-feira.

Este ano, as comemorações do Dia Nacional da Paralisia Cerebral centram-se na Região, numa iniciativa conjunta da Associação de Paralisia Cerebral da Madeira e da Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral.

A Assembleia Legislativa da Madeira associa-se ao evento, oferecendo condições para a realização da conferência, no âmbito do seu projecto 'Parlamento com Causas'.

As jornadas – que decorrem entre hoje e amanhã (dias 19 e 20 de Outubro) – dividem-se em quatro painéis que se debruçam sobre: 'Responsabilidade Social e o Papel do Mecenato nas Organizações', 'Acessibilidades: Ir Mais Além', 'Família: Impacto e Reacção' e o 'Papel da Arte na Deficiência'. Contam com a participação de 25 oradores e moderadores.

Em Portugal há 20 mil pessoas diagnosticadas com esta perturbação.

Por detrás destes números – que, segundo o relatório ‘Paralisia Cerebral em Portugal no Século XXI’, têm vindo a diminuir desde 2001 – está uma luta diária para vencer as barreiras que os aprisionam no seu próprio corpo, mas também muitas conquistas, potenciadas pelo trabalho de instituições como a Associação de Paralisia Cerebral da Madeira (APCM).

Fundada a 4 de Abril de 1991 por um grupo de pais e técnicos, a APCM é uma Instituição Privada de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, que pretende dar uma resposta ao nível residencial, ocupacional e de reabilitação a cidadãos e famílias de jovens e adultos portadores de paralisia cerebral ou doenças neurológicas afins.

Desde 2009, nas instalações da Quinta Pedagógica do Pico do Funcho, esta instituição conta com uma equipa multidisciplinar, constituída por 80 elementos (que inclui, entre outros profissionais: médico de medicina interna, neuropediatra, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, terapeuta da fala, psicomotricista, nutricionista, técnico de serviço social, docentes e ajudantes de acção directa).

Frequentam a APCM 86 utentes, mas no total das suas três valências (Centro de actividades ocupacionais, Lar residencial e Consulta externa), a associação apoia cerca de 300 pessoas na Madeira.