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Grupo britânico Royal Mail anuncia perturbação no serviço por "ciber-incidente"

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O grupo postal britânico Royal Mail anunciou hoje que sofreu uma "importante perturbação" dos seus serviços de envio de correspondência e pacotes para o estrangeiro "depois de um ciber-incidente", conforme comunicado transmitido à AFP.

"Não estamos temporariamente capazes de expedir artigos, incluindo cartas e pacotes, para destinos no estrangeiro", indicou o grupo, sem especificar a natureza do incidente.

A Royal Mail detalhou que solicitou aos seus clientes que não enviassem correspondência para o estrangeiro, enquanto o problema não é resolvido, e preveniu os que já fizeram os envios que estes "podem sofrer atrasos ou perturbações".

O grupo apresentou ainda as suas desculpas aos clientes afetados.

Pelo contrário, a receção do correio internacional só conhece atrasos menores e as operações nacionais não são afetadas.

O grupo postal britânico International Distributions Services (IDS), casa-mãe ('holding') da Royal Mail, a atravessar dificuldades, anunciou em novembro que estava com resultados semestrais negativos.

A Royal Mail, a filial que agrega as suas atividades no Reino Unido, tinha em particular sofrido uma quebra de receitas superior a 10%, devido em particular à redução do número de pacotes, que tinha crescido muito no contexto da pandemia, e de um conflito social com os assalariados, que continua.

A empresa tinha dito em outubro que pretendia cortar até 10 mil postos de trabalho, até ao final de agosto, no efetivo superior a 137 mil pessoas.

A estratégia que, entretanto, avançou baseia-se na recentragem da sua atividade nos pacotes.

A GLS, a sua marca de transporte de pacotes para o estrangeiro, se viu o volume baixar, aumentou a faturação em 10%.

Recentemente, o grupo mudou de nome, abandonando a designação Royal Mail para refletir "a importância acrescida da GLS" e pretende separar as suas atividades no Reino Unido e no estrangeiro.