A Guerra Mundo

Von der Leyen anuncia novas sanções a Minsk e quer mais armas para Kiev

None
Foto EPA/STEPHANIE LECOCQ

A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje que a União Europeia vai reforçar as sanções à Bielorrússia pelo seu apoio à Rússia na agressão militar à Ucrânia e defendeu o envio de equipamento militar avançado para o exército ucraniano.

Em declarações numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, por ocasião da assinatura da terceira declaração conjunta sobre a cooperação entre União Europeia (UE) e a Aliança Atlântica, Ursula von der Leyen garantiu que o bloco comunitário vai "manter a pressão sobre o Kremlin [Presidência russa]" e estender as sanções aos regimes que apoiam a invasão russa.

"Vamos manter a pressão sobre o Kremlin com o regime de sanções duras e vamos estender estas sanções àqueles que apoiam militarmente a guerra da Rússia, casos da Bielorrússia e do Irão", disse Von der Leyen, precisando que, no caso de Minsk, a Comissão vai avançar em breve com novas sanções, como resposta ao papel da Bielorrússia "nesta guerra russa na Ucrânia".

Já quando questionada sobre o debate em curso em vários países europeus relativamente ao envio de equipamento militar pesado para a Ucrânia, tal como reclama Kiev, que há muito tem vindo a pedir designadamente tanques, sobretudo à luz da intensificação das investidas russas no leste do seu território, Von der Leyen apontou que já disse por muitas vezes que "a Ucrânia deve receber todo o equipamento militar de que necessita" para repelir a agressão russa.

"E isto significa, claro, sistemas avançados de defesa aérea, mas também outros tipos de equipamento militar avançado, desde que sejam necessários para defender a Ucrânia", disse, acrescentando que as forças armadas ucranianas precisam de estar bem munidas pois estão também a defender "os princípios básicos da Carta dos Direitos Fundamentais das Nações Unidas e do direito internacional".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).