Urge salvar o SNS

A direita e a extrema-direita ainda não tiveram coragem de dizer que querem acabar com o Serviço Nacional de Saúde. A repetida censura que lhe fazem, até à exaustão, não é para o salvar nem valorizar quem o trabalha - sejam os assistentes operacionais, os enfermeiros e os médicos nem implementar a Lei de Bases da Saúde, já!, para entre outras situações, criar um regime de exclusividade nos médicos e enfermeiros incentivando-os com remunerações justas para os fixar e impedir que os privados da medicina do negócio (como reconheceu, Isabel Vaz, líder de 30 unidades de saúde privada), os irem buscar porque lhes acenam com melhores condições... Nada transpira sobre as relações de trabalho destes profissionais, nos hospitais privados, será que é tudo leite e mel? Haja quem faça um isento estudo sobre esta matéria... E, é preciso impedir com urgência que quase 50% do orçamento do SNS vá direito para a medicina do negócio e que se pare com este sorvedouro! A direita e a extrema-direita querem um SNS para os pobrezinhos, sob a alçada do negócio privado da saúde!

E, que seja a saúde pública a receber os doentes dos privados

quando os seguros de saúde destes possam ir além do contratualizado ou que sejam mais caros. O SNS responde aos doentes, o negócio privado da saúde responde aos acionistas...

Este Orçamento do Estado para 2022, que a direcção do PS/governo hipocritamente afirmou estar mais esquerda, foi justamente chumbado, porque entre várias limitações, nele nada está inscrito como solução para salvar o SNS...

O governo absolutista do PS, sobre toda esta situação, é manifestamente cúmplice!

Vítor Colaço Santos